Prefeitura de Jaraguá do Sul

Segunda-feira (3), será dia decisivo para a greve em Jaraguá

01 Abr 2017 - 16h11

Uma definição sobre a greve dos servidores públicos municipais de Jaraguá do Sul, deve sair na segunda-feira (3). A assembléia para deliberar sobre o assunto será às 10h30 na sede da Arsepum (Associação Recreativa dos Servidores Públicos Municipais). Prestes a completar 30 dias de greve - a paralisação começou no dia 6 de março -, prefeitura e sindicato ainda não chegaram a um acordo. O sindicato quer a anulação de leis já sancionadas e a retirada de projetos que ainda tramitam na Câmara (que fazem parte do pacote de ajuste financeiro), que seja negociada a forma de desconto dos dias parados e reclama da indisposição da prefeitura em negociar. A prefeitura diz que já cedeu onde podia e que não há como retroceder nas propostas, fundamentais para que o município tenha condições de continuar pagando os salários em dia. Em um vídeo publicado nas redes sociais na sexta-feira (31), o prefeito Antídio Lunelli (PMDB), disse lamentar a situação que se criou com escolas, creches e postos de saúde fechados. disse ainda que a greve "está sendo alimentada por movimentos sindicalistas que vem de outras cidades, apenas para criar conflitos, distorcer informações e atrapalhar o diálogo com os servidores". E foi incisivo ao afirmar que irá até às ultimas consequências para equilibrar as contas da prefeitura. "Vamos fazer a nossa parte, custe o que custar".

A assessoria de comunicação do SINSEP reforçou que na assembléia é que o rumo do movimento será definido. Questionado sobre as afirmações do prefeito, o presidente do sindicato, Luis Cesar Schorner, nega que sindicalistas de outras cidades estejam interferindo nas negociações. "Quem alimenta a greve é o prefeito, cortando direitos dos servidores e não demonstrando vontade de negociar", rebateu Schorner. Acrescentando que a diretoria do SINSEP se reuniria ainda no sábado para dar uma resposta ao vídeo do prefeito.

O SINSEP está organizando uma campanha de apoio aos servidores grevistas. Numa publicação na internet, diz que a mobilização agora é no sentido de minimizar os efeitos dos descontos salariais impostos pelo prefeito. "Não será essa medida desumana em não permitir a reposição dos dias que nos fará desistir da luta", diz o texto.