Educação
SC: Especialistas sugerem mudanças na educação para atender mercado
O levantamento também revela a diversidade desta parcela da economia. Ao todo, são 750 mil trabalhadores distribuídos em 16 setores industriais. A média salarial dos empregados na indústria é de R$2.212,60.
No entanto, preencher as vagas que surgem com mão de obra jovem pode ser um desafio. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 26,6% dos jovens de 18 a 24 anos estavam sem emprego no segundo semestre deste ano. Em Santa Catarina a taxa entre essa faixa etária é de 14,7%.
Para o diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (SENAI-SC), Jefferson de Oliveira, o atual modelo de ensino médio limita a atuação dos jovens no mercado de trabalho.
“Nós podemos ter várias varáveis. O que importa é o fim que nós queremos para o aluno. O fim que, particularmente, eu acho que devemos dar ao aluno é dar o respeito e a opção, para que ao final desse curso, ele também possa ajudar a decidir. Hoje ele não decide. Hoje a decisão dele no Ensino Médio convencional está pautada em tentar escolher qual o curso ele vai se candidatar no vestibular. Essa é a única decisão que ele tem, é muito triste.”
Para o gerente-executivo de Estudos e Prospectiva da CNI, Márcio Guerra, um dos maiores problemas da Educação Básica é a falta de associação da teoria à prática. Guerra explica que os jovens têm muita dificuldade em aplicar o conhecimento adquirido e que a aprovação da Nova Base Comum Curricular (BNCC), em 2017, é um importante passo para uma melhor preparação para o mundo do trabalho.
“Com essa nova forma de organização curricular, nós temos uma grande chance de melhorar essa conexão com o mercado de trabalho, ou seja, é uma educação mais leve, ágil e direta e que leva a situações que o jovem consiga fazer a transposição do conhecimento do que acontece na sala de aula com o que acontece no mercado de trabalho.”
A CNI encaminhou para os presidenciáveis uma série de propostas que buscam melhorar o nível da educação, buscando maior competitividade entre os profissionais. As propostas passam pelas revisões como a da estrutura curricular e a da política de formação de professores, valorizando o magistério e a carreira do profissional.
Com a colaboração de Aline Dias, reportagem, Raphael Costa / Agência Rádio Mais