Saúde
Santa Catarina possui índice de mortalidade por Aids acima da média nacional
O Estado de Santa Catarina possui um índice de mortalidade por Aids superior à média nacional. Enquanto no Brasil a mortalidade na média é de 6,3%, em Santa Catarina essa porcentagem foi de 8,6 conforme dados de 2011. Os dados foram apresentados nesta semana pelo diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio Silva.
Em Jaraguá do Sul, segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Kátia Kinas de Aguiar, o programa DST/Aids que foi instalado em 1991, registrou nos últimos três anos, dez mortes por ano, em conseqüência da doença. Kátia afirma que neste ano já foram registradas duas mortes.
Segundo o diretor uma porcentagem grande dos portadores do HIV é internada e chega a óbito antes de saber que estava contaminada. Além disso, há a possibilidade do tipo de vírus que circula por Santa Catarina e Rio Grande do Sul ser diferente daquele encontrado em outros estados brasileiros, o que poderia explicar a maior mortalidade.
Silva aponta avanços importantes no combate à doença no Estado. Como exemplos, ele cita as campanhas de teste rápido em gestantes, que diminuíram drasticamente os índices de contaminação em recém-nascidos, e o programa de redução de riscos, implantado por meio da Lei Estadual 11.063/2003, de autoria do deputado Volnei Morastoni (PT). Por meio dessa lei, o Estado passou a distribui gratuitamente kits de redução de risco para usuários de drogas.
O diretor da Vigilância também apontou a necessidade de readequação das fontes de financiamento das ações de combate à doença, aumento na cobertura do atendimento de pessoas que estão expostas ou vivem com o vírus e maior integração com o Sistema Único de Saúde (SUS).
(JANICI DEMETRIO)