Registro de roubos de carros em Joinville aumentou no mês de março

Março foi atípico no que diz respeito a roubos de veículos em Joinville, tipo de crime em que vítimas são abordadas com violência. Enquanto os números de registros deste crime em janeiro e fevereiro ficaram dentro da média mensal da cidade (em torno de 30), o mês passado representou aumento de 46% na quantidade de ocorrências deste crime (44).

Com isso, os números do primeiro trimestre de 2012 também mostraram crescimento de mais de 26% nas denúncias, na comparação com o período de 2011 - saltou de 84 para 106.

Ou seja: quem não tem o hábito de evitar estacionar o carro na cidade em situações perigosas deve rever essa postura. Apesar de o número de furtos de veículos ser bem maior (cerca de cem por mês), os assaltos preocupam mais pela violência.

Um caso ocorrido no fim de março mostra muito do que a polícia acredita ser o perfil deste tipo de crime em Joinville. Preso em flagrante no dia 26 em uma via marginal da BR-101 depois de roubar o carro de uma jovem advogada no bairro América, Weslei Schroeder, 19 anos, contou à polícia ter pego o Volvo C30 "por encomenda". Receberia dinheiro em troca da entrega de um carro daquele modelo.

Nos primeiros três meses deste ano, 135 carros foram recuperados em Joinville. A PM avalia que as peças de carros mais caros são revendidos depois de passar por desmanches, algumas vezes fora do Estado. Já os carros mais simples costumam ser usados por criminosos, que trocam de veículos frequentemente para não serem reconhecidos.

De acordo com o delegado Marcel Oliveira, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil, a maioria dos carros furtados e quase todos os roubados já tem desmanches como destino determinado. Veículos são, em geral, abandonados, usados em outros crimes ou, ainda, clonados.

- Existe muita fraude no mercado negro de autopeças -, afirma.

Nos cálculos da Polícia Civil, possivelmente mais de 30 quadrilhas comandam o comércio paralelo de peças em Joinville. Segundo Marcelo, a ação funciona como o tráfico de drogas. Quando o responsável pela revenda ilegal é preso, outro continua comandando o ponto.

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