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Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Prevenção ao suicídio é tema de debate em SC

15 Set 2016 - 17h00

Neste mesmo período, entre 2010 e 2015, também foram registradas 10.771 tentativas de suicídio, a maioria de mulheres entre 20 a 29 anos. As notificações revelam que os meios mais utilizados pelos homens foram armas de fogo, enquanto a maioria das mulheres optou pela ingestão de medicamentos.


Para mobilizar os profissionais de saúde e discutir estratégias para enfrentamento deste problema de saúde pública de Santa Catarina, a Vigilância Epidemiológica reuniu especialistas de diferentes áreas no 1º Fórum de Prevenção ao Suicídio: Valorização da Vida, realizado na última segunda-feira, 12, em Florianópolis.
“Precisamos falar mais sobre esse tema e trabalhar na perspectiva de rede, mobilizando as instituições governamentais e não- governamentais para desenvolvermos ações mais concretas com relação à prevenção ao suicídio”, disse Gladis Helena da Silva, gerente de Vigilância de Agravos da Vigilância Epidemiológica.

Outro dado que preocupa os profissionais de saúde é a quantidade de notificações de casos entre adolescentes, de 10 a 14 anos. Entre 2010 e 2015, 140 meninos e 404 meninas tentaram o suicídio. Desses, 23 foram a óbito. “O adolescente é impulsivo por si só e costuma dar avisos. Ele fala, avisa, posta nas redes sociais, se mutila. Mas, muitas vezes, não é valorizado. A família trata como se ele só quisesse chamar a atenção”, alertou a médica Deisy Mendes Porto, da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), uma das palestrantes do Fórum.

Segundo ela, 90% das pessoas que tentam suicídio têm algum transtorno mental e os sinais costumam ser variados, desde um pedido expresso de ajuda, até tristeza, mudanças de comportamento e de desempenho, irritabilidade e descaso nos cuidados pessoais. “Já a criança não ficará triste ou chorosa. Ela para de gritar, não apresenta resposta, e, por vezes, começa a dizer que é um peso, que só atrapalha e a se questionar como seria se ela morresse, por exemplo”, explica.

O médico Mário João Bisi, também da ACP, reforçou: “90% das pessoas que pensam em se suicidar podem ser salvas”. A maior parte dos seus pacientes que tentaram se suicidar revelou que não desejam tirar a própria vida, mas terminar com o sofrimento. “Tudo o que elas querem é conversar com alguém”, frisa.

Um importante aliado nesse sentido tem sido o Centro de Valorização da Vida, que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone, e-mail ou chat através do site da instituição.

Acolhimento e tratamento



A informação é uma ferramenta muito importante para reduzir os estigmas relacionados à ideação suicida e aos atos suicidas, alerta a psicóloga Rose Brasil, coordenadora do programa de Saúde Mental de Santa Catarina. “O acolhimento, o acompanhamento e o tratamento formam uma tríade para garantir o acesso à rede de cuidados em saúde”, enfatiza.

Os serviços públicos de saúde mental de Santa Catarina contam com 99 Centros de Atenção Psicossocial em diversos municípios e diferentes modalidades, e mais 23 estão em fase de implantação. “Nessas estruturas são atendidas pessoas que vêm em demanda espontânea, incluindo as que têm depressão grave, pensamento suicida e tentativa de suicídio”, explica Rose.

No acolhimento, a equipe inicia um projeto terapêutico, incluindo avaliação médica e avaliação psicológica. “A equipe interdisciplinar indicará o melhor tratamento junto ao usuário. Ele tem autonomia para escolher o que é oferecido de acordo com o que se identificar mais, como as oficinas terapêuticas, de artes, de música, de pintura, atividades corporais, teatro, entre outros”, detalha. Segundo ela, nem sempre é necessário medicar.


A rede é composta ainda por cinco Serviços Residenciais Terapêuticos, que oferecem moradias para tratamento que exijam longa permanência, localizadas em São José, Monte Castelo e Joinville; 630 leitos hospitalares destinados a portadores de transtornos mentais e 350 leitos em hospitais psiquiátricos.

O Estado registra 272 moradores em tratamento, na Casa de Saúde Rio Maina, em Criciúma, no Centro de Convivência Santana e no Instituto de Psiquiatria, em Florianópolis. “É preciso que a população em sofrimento saiba que os CAPS estão preparados para acolher, ouvir, acompanhar e tratar qualquer pessoa que precise de ajuda”, complementa Rose Brasil.

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