Brasil
Nº de casos de aids no Brasil volta a crescer e já supera 5 registros por hora
Em termos globais, o número de novas infecções pelo mundo caiu apenas de forma modesta, de 2,2 milhões, em 2010, para 2,1 milhões em 2015.
Entre os adultos, ela se manteve inalterada em 1,9 milhão. O Brasil e a América Latina, porém, caminharam em direção oposta, de alta. “No Brasil, vemos um aumento da aids e em parte por complacência”, disse ao Estado o diretor executivo do Unaids, Michel Sidibé. “O País era o melhor aluno da classe.
Por anos, vimos a força incrível do Brasil, liderando o debate mundial. Hoje, essa força foi perdida. Isso deixa claro que não se pode baixar a guarda.” Entre adultos brasileiros, os novos casos subiram 18,91% em 15 anos – eram 37 mil em 2000.
Uma cabeleireira de 27 anos, que preferiu não se identificar, contou que recebeu o diagnóstico após perder um bebê. Ela estava grávida de 8 meses e vivia em um relacionamento estável. Para ela, o excesso de confiança faz as pessoas terem comportamentos de risco. “Elas acham que podem confiar por estar em um relacionamento estável. E, como tem a medicação (coquetel de drogas), pensam que é tranquilo, mas isso é uma zona de conforto ilusória.
Além disso, a minha geração não viu ícones (grandes cantores, por exemplo) definharem com a doença.” Segundo o Unaids, o principal fator de alta no Brasil foi o avanço de novos casos entre gays e homens que mantêm relações com homens (heterossexuais que admitem fazer sexo ocasionalmente com outros homens). Citando estudos de 2009, a agência já apontava que a prevenção poderia estar falhando: quase metade dos homens que têm relações com outros homens nunca foi testada. Para Sidibé, os governos precisam indagar-se por que tais populações não estão recebendo a atenção necessária.
No Brasil, apenas 6% do orçamento contra a aids seria para prevenção. Há três anos, um exame de rotina mostrou para um analista de sistemas de 23 anos, que também não quis informar o nome, a infecção pelo vírus. “Sempre pensava que nunca ia acontecer algo ruim e não me preocupava com isso.” Ele já está adaptado ao tratamento. “Só tomo os cuidados e faço o tratamento.” No País, 452 mil pessoas recebem essa terapia.
O Ministério da Saúde confirmou os dados, mas considerou que indicam “estabilidade”. “O que se observa é tendência de redução da taxa de incidência: em 2010, era 22,5 casos por 100 mil habitantes; em 2014, eram 21,5 casos por 100 mil. A mortalidade passou de 6 óbitos a cada 100 mil, em 2005, para 5,7.” O governo ainda ressalta que o gasto de 6% em prevenção é apenas o federal.
Fonte - O Estado de São Paulo
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