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Negociações devem finalizar documento da Rio+20 nesta segunda

18 Jun 2012 - 12h59

As negociações entre 193 países que participam da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, devem finalizar  até a noite desta segunda-feira (18) o rascunho do documento que vai ser apresentado aos chefes de Estado que vêm ao Brasil esta semana. Segundo o negociador-chefe da delegação brasileira, Luiz Alberto Figueiredo, as delegações fecharão o texto nesta noite, dois dias antes da chegada dos chefes de Estado e governo, que participarão do segmento de alto nível entre os dias 20 e 22.


Até a noite de domingo (17), os delegados se reuniram para discutir detalhes da primeira versão do texto apresentado pelo Brasil, que preside a negociação. Menos da metade do rascunho, que tem 50 páginas, havia sido acordada pelos países até o fim de semana, e várias delegações e organizações da sociedade civil declararam achar a proposta brasileira pouco ambiciosa. O rascunho proposto pelo Brasil não eleva ao status de agência o Programa das Naçoes Unidas para o Meio Ambiente, o Pnuma, descarta o fundo bilionário para países pobres e adia a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Mesmo assim, Figueiredo disse estar otimista sobre um acordo. O prazo original para encerrar esta parte das negociações era a noite de sexta-feira (15), mas a falta de acordo fez com que o texto continuasse sendo discutido, e existe a possibilidade de as negociações continuarem até a terça-feira, véspera do início da reunião dos líderes.

O embaixador brasileiro disse que as reuniões deste domingo dos grupos de trabalho resultaram em avanços nas negociações sobre o texto. "Hoje nos reunimos em grupos de trabalho específico (...), e foi possível na grande maioria dos casos limpar, no sentido de ter a anuência de todos com relação ao texto", disse.

Texto final
Figueiredo disse ainda que o texto acordado pelas delegações não deve ser discutido ou modificado pelos chefes de Estado e governo durante os três dias de segmento de alto nível da conferência. "Não fica nada para os chefes de Estado debaterem [em relação ao texto]. O documento é para ser fechado antes do início da conferência. Os chefes de Estado vão debater os temas que os chefes de Estado debatem", afirmou.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, entretanto, a presidente Dilma Rousseff vai participar do encontro do G20 (que reúne as 20 maiores economias do mundo), no México nesta semana, com o objetivo de "preparar terreno" para possíveis avanços no documento final da Rio+20.

"Ela [Dilma] vai com o intuito de preparar terreno lá. A presidente está em sintonia com os documentos daqui. Sabendo das dificuldades, ela pode discutir algumas destas dificuldades lá", afirmou o ministro ao G1.

O G20 terá a participação de líderes que confimaram presença no encontro do Rio de Janeiro, como o presidente francês François Hollande. Mas a cúpula também reunirá líderes que não estarão na Rio+20, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.


Entraves
Segundo o embaixador brasileiro, a maior dificuldade na negociação do texto é conseguir avançar em ações concretas voltadas à implementação dos objetivos assumidos na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

"Tem várias áreas do texto que marcam avanços, não apenas conceituais. Claro que temos uma dificuldade de meios de implementação. Sempre se vai dizer: 'Como cumprir determinadas tarefas se os meios não são adequados?'. Estamos chegando lá. Estamos estudando maneiras de tornar o texto mais ambicioso", disse.

O negociador-chefe do Brasil disse que os países desenvolvidos não têm se comprometido de forma "concreta" com o financiamento das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável.

Apesar das dificuldades, Figueiredo disse que está "muito otimista" em relação às negociações e que o trabalho das delegações deve ser encerrado na noite de segunda-feira (18). "A reação inicial [ao rascunho do texto final] foi muito positiva", disse Figueiredo, que explicou que não há novos pontos de conflito no texto negociado. O embaixador disse que há um "clima muito bom" nas negociações, que leva o governo brasileiro a crer que o texto final será concluído com sucesso.

De acordo com Figueiredo, o Brasil tentou ouvir ao máximo todas as delegações na busca por um entendimento. "É trabalho duro, empenho, busca de ouvir, busca de respeitar as opiniões e ter a consciência de que se nós não ouvirmos todos e não respeitarmos todas as opiniões nós não vamos ir para frente."

GLOBO.COM.BR

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