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Médicos residentes protestam em Santa Catarina

24 Set 2015 - 18h59


Em seis cidades catarinenses houve mobilização nas ruas. Pelo menos 900 médicos estão em residência médica no Estado e deste total, a adesão foi superior a 70%. Os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos e na sexta-feira as atividades voltam à normalidade.

Em Florianópolis aproximadamente 150 profissionais se reuniram em frente ao hospital Infantil Joana de Gusmão e em passeata se dirigiram à avenida Beira Mar, onde distribuíram panfletos informativos sobre o movimento.

Em Itajaí, os médicos residentes se concentraram em frente ao hospital Marieta Konder Bornhausen e fizeram panfletagem. Em Lages a mobilização foi em frente ao hospital Tereza Ramos. Em Blumenau os médicos reuniram-se em frente ao hospital Santa Isabel e em Criciúma no hospital São José. Na cidade de Tubarão a mobilização foi no hospital Nossa Senhora da Conceição.

Mais de 100 médicos fizeram concentração em frente do hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, onde também participaram de uma palestra informativa sobre o movimento.  A programação segue à tarde com passeatas e mobilização no hospital infantil Dr. Jesser Amarante Faria, no hospital São José e na maternidade Darcy Vargas.

O diretor de Apoio ao Médico Pós-Graduando em Medicina do SIMESC, Dimitri Cardoso Dimatos, explica que entre as reivindicações estão o plano de carreira, readequação da jornada excessiva de trabalho e incentivo financeiro aos médicos professores. “O médico residente segue um regime de 60 horas semanais, cumpre 24 horas semanais de plantão e tem poucas folgas. Não recebe 13º salário e não tem direito a cobertura do INSS nos primeiros 10 meses de trabalho. Os residentes pagam todos os encargos e mesmo assim recebem menos de um terço do valor pago aos médicos estrangeiros que trabalham no Brasil", informa.

Para o presidente da Associação Catarinense do Médico Residente (ACMR), Douglas Muniz Barbosa, o movimento também quer chamar atenção para a qualidade do ensino. “É um alerta para a qualidade dos serviços que estão sendo oferecidos para a população e falta de estrutura nos hospitais que acaba refletindo na nossa educação e no treinamento que a gente recebe”.

 

As reivindicações

 

A Associação Nacional do Médico Residente (ANMR) divulgou carta sobre os motivos que levam os médicos residentes a iniciarem essa mobilização, conforme segue:

- Aumento da representação das entidades médicas na composição da CNRM e fim da câmara recursal;

- Fiscalização imediata de todos os programas de residência do país para garantir a qualidade destes, antes da abertura de novas vagas. A fiscalização deverá ser realizada por médico de especialidade correspondente ao programa e representante dos médicos residentes;

- Revisão completa do texto do Decreto nº 8.497 de 4 de agosto de 2015 para garantir que a Residência Médica permanece como padrão ouro de formação de especialistas;

- Levantamento dos cortes orçamentários e suspensão destes em todos os serviços (hospitais, unidades básicas de saúde, etc.) em que atuam médicos residentes;

- Plano de carreira e de valorização para os Médicos Preceptores, com inclusão de remuneração adequada, desenvolvimento continuado e tempo exclusivo para atividades didáticas;

- Plano de carreira nacional para médicos do SUS com garantia de remuneração adequada, progressão de carreira, desenvolvimento profissional e educação continuada;

- Fim imediato da carência de 10 meses para que médicos residentes possam usufruir de seus direitos junto ao INSS;

- Cumprimento da legislação vigente sobre residência médica com a garantia do auxílio moradia;

- Isonomia da Bolsa de Residência Médica com bolsas oferecidas por outros programas de ensino médico em serviço do Governo Federal como PROVAB e Mais Médicos. A complementação deverá ser realizada com recursos dos ministérios da Educação e Saúde para não onerar as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

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