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Mastercard chega com inovações em pagamentos digitais no Brasil
Só em 2024, o sistema Pix movimentou mais de 63 bilhões de transferências e, em 5 de julho, bateu recorde diário de R$119 bilhões em volume liquidado, ritmo que força as bandeiras de cartão a inovar mais rápido do que em qualquer outro grande mercado

O vice-presidente sênior de soluções para os clientes da Mastercard no país, Leonardo Linares, descreve o Brasil como “laboratório de escala” para tudo o que a companhia enxerga como futuro dos pagamentos digitais. A declaração, feita há poucos dias, coincide com números que explicam esse protagonismo.
Só em 2024, o sistema Pix movimentou mais de 63 bilhões de transferências e, em 5 de julho, bateu recorde diário de R$119 bilhões em volume liquidado, ritmo que força as bandeiras de cartão a inovar mais rápido do que em qualquer outro grande mercado. Devido a isso, a Mastercard está acelerando as iniciativas.
O mercado financeiro brasileiro começa a ver desde pagamentos invisíveis no transporte público até integrações com criptomoedas, estabelecendo uma ponte entre finanças tradicionais e ativos digitais.
Tokenização e pagamentos invisíveis são cada vez mais comuns
Um dos pontos fortes desse novo desenho é a tokenização. Hoje, mais de 40% das transações processadas pela Mastercard no Brasil já substituem o número real do cartão por um token dinâmico, reduzindo a fração de fraudes mesmo com o salto no uso do contactless.
O próximo passo é eliminar senhas estáticas no e-commerce até 2030, combinando tokens a autenticação biométrica e ao padrão Click to Pay. Na prática, significa que o cliente confirmará compras online do mesmo modo que desbloqueia o celular, sem digitar dados sensíveis.
Isso já aparece em pilotos de grandes varejistas nacionais e deverá se tornar um padrão em todos os adquirentes conectados à rede até o fim da década. Outra mudança vem dos chamados pagamentos invisíveis. No Rio de Janeiro, por exemplo, bilhetes de metrô, trem e barca podem ser pagos com um único toque do cartão ou do celular.
Acontece graças a uma infraestrutura desenvolvida em parceria com a Mastercard, o que reduziu o tempo médio de embarque em 23% segundo dados colhidos pela operadora local em março de 2025.
O mesmo conceito já alimenta as corridas em apps de mobilidade, onde o usuário não vê mais a etapa de checkout. A tarifa é debitada assim que o trajeto termina, reforçando a percepção de “compra sem atrito”.
Criptodólares e biometria comportamental entram no carrinho
Se o dinheiro some da vista do consumidor, a lógica de bastidor também muda. No fim de abril, a Mastercard anunciou que qualquer um dos seus 150 milhões de estabelecimentos pode optar por receber diretamente em USDC, a maior stablecoin regulada do mercado, graças a integrações com Nuvei, Circle e Paxos.
Embora o serviço ainda não esteja disponível no Brasil, executivos da rede confirmaram que a adaptação às normas cambiais locais está em “fase avançada”, o que abre caminho para que o comércio nacional aceite pagamentos on-chain já em 2026. Para que essa ponte funcione, a empresa participa do consórcio que testa o Drex.
O objetivo com essa versão digital do real pilotada pelo Banco Central é buscar interoperar a futura CBDC com stablecoins internacionais. Dados oficiais mostram que nove em cada dez pequenos negócios brasileiros já usam Pix. E quando o Drex chegar junto a carteiras em dólar tokenizado, a fricção entre moeda nacional e mundial deve cair a níveis inéditos.
A estreia do Mastercard Payment Passkey no Brasil, em parceria com Sympla e Yuno, colocou o país em um mapa internacional de pagamentos que dispensam senhas numéricas. A solução usa a biometria já embutida no celular, impressão digital ou reconhecimento facial, para autenticar a compra.
Ao mesmo tempo, aciona o token de rede que protege o cartão. Uma pesquisa global da Mastercard mostra que 90% dos consumidores confiam mais na biometria do que em senhas. E no recorte latino-americano essa preferência chega a 85%. O próximo salto, então, será a biometria comportamental.
Ela analisa o jeito de segurar o smartphone, cadência de digitação e ângulo de inclinação do rosto. Esses micro-padrões se convertem em pontuações de risco em tempo real, reduzindo fraudes sem pedir passos extras ao usuário. Para bancos e fintechs, isso significa autorização mais rápida e menos compras abandonadas.
O Drex pode ser, então a engrenagem que falta. Enquanto o sistema bancário tradicional se blinda, o Banco Central acelera a Fase 2 do Piloto Drex. Um dos 16 consórcios selecionados reúne Mastercard, MB Pay, CERC, Sinqia e Banco Genial, responsáveis por provar que títulos públicos, crédito rural e pagamentos de varejo podem rodar 24/7 em arquitetura DLT.
O impacto sobre bancos, fintechs e varejo
A soma de Pix, contactless, tokenização e biometria redesenha margens e modelos de negócios. O Pix fechou 2024 com mais de R$26,5 trilhões movimentados, superando com folga cartões de débito e crédito em volume.
Mesmo assim, os bancos preservam seu poder ao operar camadas de crédito, parcelamento e “compra invisível” que exigem infraestrutura mais complexa. Não por acaso, 67,2% dos pagamentos presenciais com cartões já são por aproximação, segundo a ABECS, e a entidade projeta quebra da barreira de 70% ainda neste semestre.
Para o varejo, a dispersão de meios reduz filas físicas e digitais. Na Grande Ribeirão Preto, um projeto-piloto citado pelo ACidade ON permite embarcar no ônibus apenas encostando o cartão ou o celular, dispensando bilhete magnético, a mesma lógica que sustenta checkouts invisíveis em mobilidade urbana do Rio e aplicativos de corrida.
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