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Indústria de carne prevê exportações recordes em 2012

17 Jan 2012 - 20h44

Os exportadores de carne bovina preveem recuperação dos embarques após a queda do ano anterior e novo incremento nos preços, o que poderá levar o Brasil a encerrar 2012 com receita acima de US$ 6 bilhões pela primeira vez, estimou a indústria nesta terça-feira.


Os embarques do Brasil, um dos maiores exportadores globais de carne bovina, devem crescer embalados pela recuperação do espaço perdido no mercado russo e por mais vendas para a União Europeia e EUA.

"Esta é uma previsão baseada em assuntos que estão em andamento", disse Antônio Camardelli, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), acreditando em menos dificuldades para exportar à Rússia e à União Europeia.

"Vemos a possibilidade de voltar a crescer em volume, como na Rússia..., que pode voltar a patamares anteriores (ao embargo parcial aos frigoríficos)."

Com isso, a expectativa da Abiec é que o setor reverta a queda de 10,8 % nas vendas totais do ano passado, quando foram embarcadas 1,09 milhão de toneladas, para um aumento de 10% em 2012.

Já a receita com exportações de carne bovina do país subiu 11,65% no ano passado, para US$ 5,37 bilhões, de acordo com associação, que prevê crescimento nas divisas de 20% em 2012 ante o ano anterior.

Com o aumento expressivo de 25% no preço médio da tonelada exportada no ano passado, o Brasil praticamente igualou a receita recorde de US$ 5,4 bilhões registrada em 2008.

Em volumes, as exportações brasileiras marcaram um recorde em 2007, quando atingiram 1,6 milhão de toneladas.

MERCADOS

A Rússia foi o principal destino para a carne brasileira, com uma fatia de 22% no ano passado, contra 24% de 2010. Mesmo assim, o embargo parcial imposto em junho de 2011 fez as vendas para o país recuarem 19,5% na comparação com 2010, para 294,9 mil toneladas.

Alguns frigoríficos de três Estados -- Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul -- estão impossibilitados de vender para o mercado russo desde o embargo imposto em 15 junho de 2011.

"A tendência para este ano, agora que alguns estabelecimentos já foram reabilitados, é de crescimento", disse Camardelli. Segundo ele, a entrada da Rússia na OMC (Organização Mundial de Comércio) e o diálogo entre equipes técnicas dos dois países favorecerão os embarques brasileiros.

Os embarques para a União Europeia, segundo principal destino para o produto brasileiro, recuaram 10% em volume, para 109 mil toneladas. Contudo, registraram crescimento de 21% em receita. Resultado que Camardelli atribui ao mix de cortes de carnes embarcadas para aquele país.

Além disso, o avanço das negociações com a União Europeia sobre a publicação da lista de propriedades habilitadas a exportar para aquele mercado, que agora é de responsabilidade brasileira, permitirá um incremento na oferta.


Atualmente, o Brasil tem 2 mil propriedades habilitadas a fornecer gado para frigoríficos que exportam para a União Europeia, o que engloba 4,3 milhões de cabeças. Antes de 2008, 26 mil propriedades podiam exportar para os europeus.

Agora, com o governo brasileiro assumindo a responsabilidade de fiscalizar e divulgar esta lista de propriedades habilitadas, a indústria espera minimizar a burocracia e elevar a oferta para aquele mercado. Esse processo ainda deve ser auditado pelos europeus.

Já os EUA, oitavo destino para a carne brasileira, tiveram um salto importante neste ano tanto em volume como em receita, superior a 100% na comparação com 2010.

"2011 foi o primeiro ano de embarque cheio, desde que os Estados Unidos reabriram (seu mercado) para a carne industrializada do Brasil", observou Camardelli, explicando a razão do crescimento expressivo.

Os EUA barraram a entrada de carne processada do Brasil em maio de 2010, depois que constataram níveis acima dos tolerados do vermífugo ivermectina na carne exportada pelo Brasil. O mercado norte-americano só foi reaberto em dezembro de 2010..

A Abiec também vislumbra conseguir embarcar carne in natura para o mercado norte-americano. "Este será um bom ano para evoluir as negociações neste mercado", disse Camardelli.

OMC

A flexibilização da instrução normativa 61, que passa para o governo brasileiro o gerenciamento das propriedades habilitadas a exportar para a Europa, atendeu demanda dos exportadores brasileiros, mas não é fator suficiente para a indústria descartar um pedido de contencioso contra a UE junto à OMC.

O diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio, explica que a indústria ainda estuda ir à OMC por conta dos entraves encontrados para cumprir a chamada cota Hilton.

Por essa cota, o Brasil pode exportar 10 mil toneladas de cortes especiais de carne, volume que o país não consegue alcançar diante das normas específicas aplicadas ao produto brasileiro.

FOLHA.COM.BR

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