Projeto Hospitais Filantrópicos
Hospitais filantrópicos ainda esperam verbas
O presidente da Fundação das Santas Casas, Hilário Dalmann, diz que o próprio secretário de Saúde, João Paulo Kleinubing reconhece a dificuldade em resolver o problema.
“Até o momento, nenhum centavo chegou às contas dos hospitais”, explica, acrescentando que existe uma divergência até mesmo nos valores divulgados pela Assembleia Legislativa e naquilo que realmente deve ser destinado aos hospitais. “Falaram em R$ 106 milhões, mas o secretário diz que não é isso, que seriam R$ 45 milhões para os hospitais e os outros R$ 5 milhões para o Cepon e Hemosc. Então, não confere o que está sendo anunciado”.
Para ele, quem sofre com isso é a população, que está na fila das cirurgias eletivas. “Isso é um desrespeito com os prestadores de serviços e com a comunidade, principalmente os que são atendidos pelo SUS”, lamenta.
Na semana passada, Dalmann recebeu do governador Raimundo Colombo a garantia de que o valor seria repassado nesta semana ainda, o que não aconteceu até a tarde de ontem. “Agora, a conversa já mudou e o secretário de Saúde disse que não tem nem previsão de quando isso vai acontecer”, comentou.
Em junho, a Assembleia Legislativa aprovou o Fundo Estadual de Apoio aos Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina, ao Hemosc e ao Cepon, com recursos de doações e sobras de orçamento dos poderes Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público Estadual (MPSC), para socorrer os hospitais.
Os dois hospitais filantrópicos de Jaraguá do Sul – São José e Jaraguá – têm para receber do Estado a quantia aproximada de R$ 11 milhões, de serviços já prestados.