Emprego
Emprego com carteira assinada teve o pior fevereiro em 24 anos
Tradicionalmente, fevereiro não costuma ser um dos melhores meses em termos de abertura de vagas, mas, desde o ano 2000, o país vinha gerando postos de trabalho nesse período. Em fevereiro de 2015, quando a crise chegou ao mercado de trabalho, foram cortados 2,4 mil empregos. O melhor desempenho no segundo mês do ano foi registrado em 2011, quando foram criadas 280,7 mil vagas com carteira assinada.
s números da indústria paulista confirmam o mau desempenho do mercado formal de trabalho no mês passado. O setor fechou 12 mil postos, uma queda de 0,53% ante o total de empregados em janeiro, que também registrara corte de vagas. Só neste primeiro bimestre, já são 27.000 empregos a menos no setor, segundo revela a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, divulgada ontem pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Em 12 meses, o total de empregos da indústria de São Paulo apresenta declínio de 8,27%, variação correspondente ao desligamento de 257.500 empregados. O mês de fevereiro marcou a 53ª queda seguida do indicador e a pior taxa de sua série histórica na comparação com igual mês do ano anterior. E, pela primeira vez, a queda do nível de emprego na indústria paulista em relação há um ano antes ultrapassa os 10%.
Dos 22 setores analisados pela pesquisa, 17 tiveram perda no nível de emprego, três apresentaram crescimento e dois, estabilidade. O setor de produtos alimentícios criou 4.287 vagas, o maior saldo positivo. Contribuiu para isso o segmento de açúcar e álcool, que não contratava desde junho de 2015 e admitiu 3.578 trabalhadores em fevereiro — e tem grande peso no segmento de produtos alimentícios.
O Globo