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Em nota, sindicato dos pilotos franceses condena matéria do jornal Le Figaro sobre voo 447

18 Mai 2011 - 11h34

O Sindicato Nacional dos Pilotos de Linha francês (SNPL) rebateu as informações publicadas pelo jornal Le Figaro na terça-feira. A publicação apontou erro dos pilotos como causa do acidente do voo 447 da Air France que caiu no mar em 2009. O sindicato considerou a medida um "atalho jornalístico" e condenou a "precipitação algumas horas após a primeira leitura dos registros".

Confira a íntegra da nota:


"Hoje, o SNPL tomou conhecimento de duas reportagens publicadas na noite de segunda-feira e na manhã de terça-feira pelo site lefigaro.fr sobre o acidente do voo Air France 447. O Sindicato se choca e lamenta que as supostas informações sejam colocadas em um espaço público de maneira tão precipitada algumas horas após a primeira leitura dos registros.

A única informção concreta fornecida por tais reportagens é que a Airbus não recomenda a modificação de procedimentos às companhias aéreas. O SNPL precisa que os procedimentos já foram modificados pelo fabricante.

Em nenhum caso a publicação dessa nota permite a conclusão de que o acidente teria sido devido a um erro da tripulação.

O SNPL denuncia veementemente esse "atalho" jornalístico.

O SNPL não aceita que os pilotos mortos nesta catástrofe sejam jogados à opinião pública antes de uma análise exaustiva de todas as causas do acidente".


Entenda como funciona a caixa-preta de uma avião:

Todo avião tem, na verdade, duas caixas-pretas com funções distintas: uma que registra os dados do voo e outra que registra as conversas e sons da cabine.

Flight Data Recorder (FDR): registra dados técnicos do voo. Tem capacidade para guardar de 800 a 1200 parâmetros como: velocidade, altitude, velocidade do ar, altitude de pressão, velocidade com relação ao som, posição do avião, situação dos motores, portas e temperatura.

Voice Recorder: Contém os registros das conversas dos pilotos, das comunicações feitas por rádio e dos ruídos no interior da cabine. Tem capacidade para armazenar em até quatro canais distintos: do comandante, do 1º oficial ou co-piloto, do 3º eventual ocupante da cabine - que pode estar fazendo observações - e de todos os sons emitidos na cabine, como, por exemplo, uma explosão. Pode armazenar até 120 minutos. Desta forma, em um voo de 8h, por exemplo, só serão guardadas as duas últimas horas de conversas, o que aconteceu anteriormente é automaticamente descartado.

As caixas-pretas, que na verdade são laranjas, são do tamanho de uma CPU de computador com a metade da altura. Apenas um terço dela é destinado a armazenar a memória. O cartão de memória é protegido por duas metades externas, feitas de fibra e duas películas de tungstênio, e resiste a fortes impactos, altas temperaturas e profundidade. Este invólucro garante que toda a memória será salva.

Profundidade: pode ser submersa a até 14 mil pés (cerca de cinco mil metros)

Temperatura: suporta até 1100ºC por até 30 minutos

Esforço Mecânico: 3400g por 6,5 milisegundos. Seria como se a memória fosse atingida por marretadas.

Geralmente as caixas-pretas estão localizadas na parte traseira do avião e nem sempre estão juntas. Contam ainda com uma bateria, que possibilita que sinais vibratórios de 37,5KHz, captados por satélites, possam ser emitidos por 30 dias.

Informações: professor Hildebrando Hoffmann, vice-coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS .

Fonte: Clic RBS

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