Liderança
Desenvolver lideranças é desafio para a indústria melhorar competitividade
Para debater o tema “Cultura, liderança e engajamento”, a FIESC, por meio do SESI/SC, promoveu painel nesta quinta-feira (8) que reuniu especialistas e gestores da área de gestão de pessoas de empresas da região do Vale do Itapocu.
O evento contou com a participação do diretor de Recursos Humanos da WEG, Hilton José da Veiga Faria, e de Daniela Zanatta, mestre em psicologia e desde 2014 atuando na área de educação corporativa da FIESC, além do superintendente do SESI em Santa Catarina, Fabrizio Machado Pereira, e do vice-presidente regional da FIESC no Vale do Itapocu Célio Bayer.
"Se não conhecermos a cultura das empresas e não contarmos com o engajamento das pessoas não alcançaremos melhores indicadores de desenvolvimento e de produtividade desejados", lembrou Célio Bayer ao justificar a iniciativa de discutir o assunto.
Para o superintendente estadual do SESI, um dos desafios das organizações é o desenvolvimento de competências, o que torna a abordagem sempre oportuna. "O desenvolvimento de lideranças favorece a cultura organizacional, a potencialização dos valores internos e o engajamento das pessoas em torno dos objetivos da empresa. Se não ampliarmos este debate, vamos enfrentar ainda com mais intensidade problemas já instalados na indústria brasileira", justificou Fabrizio.
O superintendente do SESI mencionou pesquisa do Instituto Gallup apontando que no Brasil somente cerca de 27% dos funcionários das organizações estão engajados com as metas das empresas, o que representa uma perda de R$ 120 bilhões para a economia. Outra pesquisa mostra que o espírito de liderança impacta em 70% no clima organizacional, favorecendo em até 30% na ampliação do resultado dos negócios.
Segundo Daniela Zanatta, desenvolver lideranças é fator central para que as empresas alcancem maior engajamento quanto aos seus objetivos e se tornem mais competitivas. "O líder é o agente responsável no sentido de promover a conexão das pessoas com a cultura, com os valores e com o propósito das organizações", explica. Aponta que num ambiente de grandes transformações, que mudam a forma como os novos negócios são percebidos cada vez mais a indústria depende de lideranças com capacidade de fazer uma boa gestão das pessoas será ainda mais importante.
"O engajamento é um comportamento a ser observado e pode ser medido. Saber qual é o nível de conexão das pessoas com a missão e valores das empresas é o desafio, e as lideranças são os principais condutores deste processo. A falta de engajamento é reflexo da falta de uma boa liderança, e a atuação da área de gestão de pessoas é fundamental neste processo porque é ela que faz a sinergia com as lideranças para ampliar este engajamento", reforça Daniela.
Na mesma linha de pensamento, Hilton Faria indica que uma empresa reafirma suas crenças e transmite credibilidade quando seus gestores praticam o que falam. No painel, o executivo da WEG detalhou o organograma da empresa, assinalando que o processo está baseado em valores como eficiência, em valorização dos recursos humanos, no trabalho em equipe, na flexibilidade e na liderança.
"O que falamos precisamos praticar, é este valor que fará com que a empresa forme pessoas e equipes comprometidas. O engajamento é resultado da capacidade de termos líderes em sinergia com a missão e com os valores da empresa, mas capazes também de perceber quais são os seus limites e onde podem desenvolver ainda mais as suas habilidades", afirma Hilton Faria.