SPC Brasil

Confiança dos micro e pequenos empresários registra piora em agosto

01 Set 2015 - 13h00

O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE) de varejo e de serviços, medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 36,70 pontos em agosto. O resultado, abaixo do nível neutro de 50 pontos, demostra um pessimismo ainda maior com o presente e futuro próximo da economia e dos negócios, em relação ao mês passado (37,06 pontos). Entretanto, melhorou a avaliação das expectativas dos MPE em relação aos seus negócios para os próximos seis meses (56,30 pontos) e à economia (41,89 pontos).


Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a situação da economia em recessão diminui cada vez mais a confiança dos micro e pequenos empresários. "O PIB recuou 1,9% no segundo trimestre de 2015, levando o Brasil a entrar em recessão técnica. Tanto o recuo dos investimentos e do consumo das famílias contribuíram para a queda, e isso leva os empresários a terem resultados negativos imediatos em seus negócios em relação aos últimos meses", explica o presidente. "Porém, o indicador mostra que, quando em relação às expectativas para o futuro de sua empresa, os MPEs são mais positivos e acham que a situação irá melhorar."

O ICMPE é composto mensalmente pelo Indicador de Condições Gerais e o Indicador de Expectativas, com as opiniões dos micro e pequenos empresários nos 27 estados.

71,1% acreditam que seus negócios pioraram nos últimos 6 meses

O Indicador de Condições Gerais mede a percepção do empresário em relação à trajetória da economia e de seu negócio nos últimos seis meses. Em agosto, registrou 20,17 pontos, indicando piora também em relação aos 23,39 pontos de maio, primeiro mês da série histórica.

"O dado revela com clareza que, na percepção dos micro e pequenos empresários, a economia piorou nos últimos seis meses, afetando o desempenho de seus negócios", afirma Pinheiro. A avaliação tem respaldo nas estatísticas oficiais: de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, o volume de vendas do varejo acumula queda de 2,2% nos seis primeiros anos do ano.

Quando analisada as Condições Gerais da Economia, o indicador marcou 14,49 pontos em agosto, contra 14,79 pontos de julho. Cerca de 87,5% dos MPEs acreditam que a situação econômica piorou muito nos últimos seis
meses.

Já o indicador de Condições Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses também é negativo, ainda que mais moderado, com 25,85 pontos ante 27,85 no mês anterior. "Ambos os dados estão bem distantes dos 50 pontos, ou seja, da situação em que entrevistados não sentem mudança alguma do quadro econômico", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. "Cada vez mais, a percepção sobre a situação econômica contamina a percepção sobre a situação do pequeno varejista e prestador de serviços."


Expectativa para a economia melhora, mas ainda é pessimista


Em agosto, o Indicador de Expectativas registrou 49,10 pontos, ante os 48,87 pontos de julho. Segundo Kawauti, o resultado próximo dos 50 pontos indica que, na média, os entrevistados estão perto de considerar que o ambiente de negócios não deverá piorar nem melhorar nos próximos seis meses. Sete em cada dez MPEs não contam com queda no seu faturamento e acreditam numa estabilização ou crescimento. "Porém, a avaliação é favorecida pelo fato da maioria dos empresários estar confiante com a melhora de seu negócio."

Ao se analisar as Expectativas para a Economia, o indicador registrou 41,89 pontos em agosto - um resultado acima dos 41,76 pontos analisados em julho. Cerca de 48,7% dos micro e pequenos empresários dizem estar pessimistas com relação ao futuro da conjuntura econômica, enquanto 30,0% estão confiantes.

Único indicador a obter resultados acima dos 50 pontos, as Expectativas para os Negócios registraram 56,30 pontos, acima dos 55,98 pontos de julho. "Apesar do ambiente econômico adverso, pouco mais da metade dos empresários entrevistados (50,1%) está confiante em relação aos seus negócios", diz Kawauti.


Metodologia

O Indicador e suas aberturas mostram que houve melhora quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios "pioraram muito"; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais "melhoraram muito".

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