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Catarinenses têm menos dívidas e inadimplência cai no estado

07 Ago 2012 - 21h52

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor em Santa Catarina, realizada pela Fecomércio e Confederação Nacional do Comércio, apontou que tanto as compras parceladas quanto as dívidas em atraso tiveram queda no estado no mês de julho. O atual percentual de famílias com contas a pagar em Santa Catarina é de 85,9%. Redução tanto na comparação com o mês imediatamente anterior (86,9%) quanto na comparação com julho de 2011 (92,5%). Quanto à inadimplência, o movimento foi ainda mais descendente: de 20,2% em junho para 16% em julho. No mesmo período do ano passado, o índice estava em 25,4%.


Para a Fecomércio, explicam tal patamar: o aumento da renda das famílias; a preocupação em pagar dívidas antigas em vez de adquirir novas; e ainda as melhores condições de pagamento da economia brasileira, com menores taxas de juros e maiores prazos de pagamento. Na avaliação da Fecomércio esta condição modifica o cenário do endividamento familiar no estado e possibilita às famílias a recuperação do consumo baseado no crédito neste segundo semestre. Assim, é provável que este incentivo à atividade econômica gere expansão das vendas através da contração segura de novas dívidas, de acordo com as expectativas do setor empresarial para este ano.

Endividamento

A parcela de famílias com compras a prazo caiu pelo segundo mês consecutivo no estado. De 88,2% em maio para 86,9% em junho, chegando aos 85,9% em julho. Na análise por faixa de renda o comportamento é bastante semelhante. Nas famílias com rendimento menor a dez salários mínimos 86,3% possuem dívidas a pagar. Nos lares com renda superior aos 10 salários mínimos o percentual é de 84,8%. A variação do 'nível das novas dívidas' em julho também demonstra a saúde financeira dos consumidores. Em julho do ano passado o percentual de famílias com muitas dívidas era de 50,8% e no mês passado foi de 44,9%. Atualmente está em 42,7%. Os mais ou menos endividados eram 50,8% em julho de 2011 e 31,9% no mês passado. Agora são 33,1%. Os que mantêm poucas contas a pagar eram 9,6% no mesmo período do ano passado; 10,1% em junho e no momento são 10,2%. Também é considerável o percentual de famílias que não possui compras parceladas a quitar: 14,1%.

Uma das principais fontes geradoras de compras a prazo são os bens duráveis. De valor mais elevado, geralmente são adquiridos através de parcelamento. Com a diminuição das novas dívidas nas famílias catarinenses, houve também queda na venda de automóveis, por exemplo. Em junho o financiamento de carros representava 20,1% dos compromissos financeiros familiares. Agora são 15,2%. Em contrapartida, novamente o cartão de crédito ganhou força. Ele é o principal meio de pagamento a prazo das famílias no estado. Em julho ele é responsável por 70,1% das contas a pagar. Acréscimo de 11% em sua participação em relação a junho. Completam o quadro os financiamentos de imóveis (6,4%) e os carnês (5,7%).

O tempo de comprometimento com o pagamento das contas ficou estável na comparação mensal. Em junho o tempo médio era de 5,1 meses. Em julho são 5,2 meses. A maioria das famílias do estado também declarou estar comprometida com parcelas de menos de três meses (57,1%). Na sequência aparecem as famílias com comprometimento maior do que um ano (27,1%); entre seis meses e um ano (8,4%); e entre três e seis meses (7,4%).

Para quitar as parcelas adquiridas, as famílias de Santa Catarina disseram ter em julho grau de comprometimento médio de 29,3% de sua renda familiar, superior aos 28% de junho. Aqui, a Fecomércio avalia que, apesar do leve crescimento mensal, o grau de comprometimento com as dívidas ainda é seguro. O que torna muito remota a possibilidade dessas famílias endividadas se tornarem inadimplentes.

Inadimplência

Se a redução do endividamento chama atenção, a forte queda do percentual de famílias inadimplentes é também bastante relevante. O percentual de famílias catarinenses com contas em atraso caiu de 20,2% em junho e de 25,5% em julho de 2011 para 16% em julho deste ano, indicando que as famílias estão mais moderadas na busca pelo crédito. O que gera até mesmo maior segurança às empresas para expandir o crédito ao consumidor.


Das famílias com renda maior que dez salários mínimos, apenas 8,4% têm contas em atraso. Nas famílias com rendimento inferior a inadimplência é de 17,9%. Ainda o percentual de famílias inadimplentes que afirmou que vai pagar a totalidade das suas dívidas atrasadas cresceu de 32,1% em junho para 45,5% em julho, mostrando que os próximos meses podem registrar novas quedas da inadimplência. O percentual daqueles que afirmaram que não conseguirão pagar suas dívidas ficou em 26,8%. Melhor patamar do que os 34,9% registrados em junho. Completam a análise os 27,7% que pagarão parte de suas contas atrasadas.

Em relação ao tempo médio de atraso das contas, em julho também houve melhora mensal: em média 59,2 dias. Resultado melhor que o tempo médio registrado anteriormente (61 dias), sugerindo que os atrasos de prazo mais longo foram os mais quitados no mês de julho. Também melhorou o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas no futuro próximo. Em junho eram 7% e em julho o percentual foi aos 4,3%. Resultado bastante inferior aos 8,1% de julho do ano anterior.

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