dengue 2
Geral

Bacia hidrográfica em Goiás deve ser restaurada em 2019

Cercado por áreas degradadas, Córrego Caidor é responsável pelo abastecimento das regiões agrícolas do Estado

01 Mar 2019 - 10h00Por Fundação Grupo Boticário

A chuva escassa e o clima quente são fatores que prejudicam o fornecimento de água na região Centro-Oeste do Brasil. Em Goiás há um agravante: a bacia hidrográfica do Córrego Caidor – responsável por abastecer parte da área urbana e rural – está degradada e pode ser perdida caso não haja um processo de restauração.

Para assegurar o fornecimento de água, pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conversação, da Universidade Federal de Goiás (CB-Lab/UFG), iniciaram estudos na bacia e nos arredores para verificar o nível de desgaste desses locais e propor medidas de recuperação. Há cerca de um ano, a equipe vem trabalhando no diagnóstico ambiental e tenta levantar recursos para dar início ao projeto.

A pesquisadora do laboratório Rafaela Aparecida da Silva saiu de Rio Claro, em São Paulo, para participar dos estudos em Silvânia, no interior de Goiás. Ela explica que o desgaste identificado na região é consequência de anos de uso insustentável dos recursos naturais.

“Nós identificamos que a vegetação local está muito devastada e que há muita erosão no solo. A nossa principal preocupação é praticar ações para o futuro, por mais que a falta de água já aconteça na região”, destaca. A proposta para recuperar essas áreas envolve o plantio de sementes e mudas, além da instalação de cercas para impedir a invasão do gado.

Outras medidas são a implantação de medidas de controle mecânico de erosão, como curvas de nível nas propriedades rurais e o desenvolvimento de ações educativas com os produtores locais para mudar a forma de manejo da terra.

Dimensão financeira

Parte da estratégia para tirar o projeto do papel é desenvolver um programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que é um mecanismo de incentivo econômico entregue aos institutos, empresas ou pessoas com iniciativas que beneficiam o meio ambiente.

Atualmente conhecida como PSA de Silvânia, a proposta de recuperação da bacia hidrográfica do Córrego Caidor participou do programa de aceleração Oásis, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que oferece suporte técnico no desenvolvimento de iniciativas de PSA.

Rafaela explica que o apoio da Fundação foi fundamental para indicar os caminhos e dar efetividade à proposta. “O projeto começou em dezembro de 2017 e estava em uma fase muito inicial. A parceria com a Fundação ajudou a desenvolver as metodologias e dar direcionamento aos caminhos que o projeto teria que tomar. Conseguimos driblar alguns obstáculos no desenho do projeto. Nós sabíamos o que precisava ser feito e a aceleração nos explicou como fazer”, ressalta.

De acordo com o coordenador de Soluções Baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário, Renato Atanazio, a aceleração é aplicada em algumas iniciativas participantes da Rede Oásis, que promove a valorização de ambientes naturais por meio do PSA.

“A aceleração promove a troca de experiências para capacitar projetos que enfrentam dificuldades operacionais, que costumam estar relacionadas com a falta de ferramentas de planejamento, bem como de recursos financeiros e humanos. Assim, o programa apoia na resolução de problemas que a equipe do projeto enfrenta. Capacitamos um membro do grupo para que possa transferir esse conhecimento adiante”, explica.

Em 2018, a Fundação Grupo Boticário envolveu cerca de 30 instituições na Rede Oásis – nove delas participaram do programa de aceleração. Durante quatro meses foi oferecida capacitação com elementos de gestão de projetos e ótica voltada aos negócios. Para Atanazio, a colaboração entre os pesquisadores é o mais importante.

“Cada proposta tem uma característica diferente e cada uma delas está em um grau de implementação. Um projeto mais avançado consegue ajudar os mais iniciantes.” A primeira edição do programa de aceleração foi concluída no final de novembro.

Após passar pelo processo de aceleração, o projeto PSA de Silvânia já foi aprovado pela Câmara dos Vereadores da cidade e deve ser implementado ao longo de 2019. Com a aprovação, esse e outros programas de serviço ambiental devem receber orçamento da prefeitura para entrar em ação. Além do auxílio municipal, o PSA de Silvânia busca parcerias com instituições privadas para expandir a qualidade e impacto do projeto.


Quer ser o primeiro a saber das notícias de Jaraguá do Sul e Região? CLIQUE AQUI e receba direto no seu WhatsApp!

Matérias Relacionadas

Geral

Prática artística dos alunos do projeto Música Para Todos acontece no Pequeno Teatro da SCAR

A apresentação reúne os estudantes de acordeon, canto, piano e piano popular, acontece no dia 26 de abril
Prática artística dos alunos do projeto Música Para Todos acontece no Pequeno Teatro da SCAR
Geral

Classificados da Rádio Jaraguá

Quer vender, comprar ou alugar? Confira as oportunidades disponíveis nessa quarta-feira (17).
Classificados da Rádio Jaraguá
Geral

Dois apostadores da região faturam boladas na Mega-Sena

Confira os números sorteados
Dois apostadores da região faturam boladas na Mega-Sena
Geral

Morte de Padre Aloísio Boeing completa 18 anos

Como de costume, ocorre nesta quarta-feira (17) na Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Nereu Ramos, missas pela beatificação do religioso
Morte de Padre Aloísio Boeing completa 18 anos
Ver mais de Geral