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Animais sofrem com o abandono após interdição de zoológico em Salete, no Alto Vale do Itajaí

12 Abr 2012 - 17h29

O zoológico de Salete sofre com o abandono desde dezembro. A situação mais grave diz respeito aos animais, que chegaram a ficar sem cuidados e com falta de comida. Na última semana, um tigre-de-bengala morreu em razão de desnutrição.

Dos 215 bichos, entre tigres, hipopótamo, lhamas e pumas, que haviam em dezembro, quando o local foi interditado após a fuga da elefanta Carla, restaram apenas 30. Os animais foram encaminhados para várias cidades do país.

De acordo com a fundadora da ONG Rancho dos Gnomos, que presta ajuda ao Zoo de Salete, Silvia Pompeu, após a interdição o proprietário do zoo deixou de pagar luz, funcionários e os animais foram abandonados.

>> Confira uma galeria de fotos do zoológico e dos animais abandonados <<

Para tentar minimizar o problema, o Ibama entrou em contato com a ONG e solicitou auxílio para cuidar dos bichos. Com apoio de parceiros, uma equipe formada por voluntários, veterinários e biólogos, chegaram ao local no início da semana passada. O tigre-de-bengala que morreu chegou a receber tratamento, mas não resistiu.

A ONG deve permanecer lá até que o Ibama termine de transferir todos os animais.
- O local estava deplorável e os dois primeiros dias foram destinado à faxina pesada mesmo. Todo o sistema abandonado, sem cuidado e sem higiene. Os animais estavam em estado de apatia e desnutrição - relata Silvia.

Outra medida tomada pela equipe, foi remover uma suçuarana macho, filhote, que foi levada à sede da organização porque ficou com depressão após ser separado da mãe, que foi transferida para um outro Zoo.

Na tarde desta quarta-feira, entre as pequenas frestas das cercas e bambus que cercam a propriedade, foi possível ver voluntários do Rancho dos Gnomos e técnicos do Ibama dentro do Zoo preparando remédios e alimentos.

Responsáveis pelo local não autorizaram a entrada da reportagem. Restam no local, segundo o Ibama, um leão, um tigre, uma onça pintada, 11 macacos pregos, três bugios, 11 araras e dois elefantes.

Atualmente, voluntários da ONG se revezam para auxiliar no cuidado aos bichos e contam com ajuda de parceiros para manter a comida dos animais.

CONTRAPONTO
Na manhã desta quarta-feira, o Santa entrou em contato o diretor do zoo _ pelo telefone repassado pela técnica do Ibama que estava no local _ mas ele não quis se identificar e não autorizou a entrada ao empreendimento. Ele também não quis conversar sobre o assunto e passou o telefone do advogado Marco Aurélio, que não atendeu as três tentativas de ligações da reportagem.

Animais devem ser transferidos até fim do mês

A coordenadora da operação do Ibama, Gabriela Breda, explicou que depois da última vistoria, feita em dezembro, houve o abandono do local. A energia elétrica foi cortada por falta de pagamento e funcionários não teriam mais recebido o salário.

Em consequência, os animais estavam sendo mal alimentados e de tão debilitados, alguns não puderam ser transferidos para outras cidades. 
- Estamos priorizando a reabilitação deles, já que estavam praticamente morrendo de fome. Até o fim do mês, eles devem estar melhor, podendo ser transportados - explicou Gabriela.

O Ibama entrou com uma ação contra o estabelecimento, obrigando a pagar todas as despesas com a remoção dos animais. O instituto aguarda ainda a manifestação do Ministério Público, que poderá exigir que o diretor-presidente Azodir Cattoni responda criminalmente por abandono e maus tratos. Por enquanto, ele não foi encontrado.

DIÁRIO CATARINENSE

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