Olimpíada
Rússia lamenta decisão do TAS que deixa atletismo russo fora dos Jogos-2016
Um dos casos é o da estrela russa do salto com vara, Yelena Isinbayeva.
"Obrigada a todos por terem enterrado o atletismo. Isso é puramente político", afirmou à agência de notícias russa TASS a atleta, que tinha o sonho de conquistar seu terceiro ouro olímpico nos Jogos do Rio, que serão disputados de 5 a 21 de agosto.
"Sim, nossa esperança se foi", continuou a 'Czarina' em publicação na rede social Instagram.
"Que todos os atletas estrangeiros 'limpos' respirem aliviados e ganhem na nossa ausência pseudo medalhas de ouro", lamentou.
- 'Crime contra o esporte' -Já o ministro russo dos Esportes, Vitali Mutko, afirmou que a decisão do TAS é "política" e "sem fundamentos jurídicos".
"Só posso expressar minha decepção. Vamos refletir sobre as próximas etapas. Do meu ponto de vista, é uma decisão subjetiva, bastante politizada e sem fundamentos jurídicos", declarou Mutko à agência TASS depois da decisão do TAS, que priva os atletas russos suspensos pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) de ir o Rio.
"O tribunal tomou uma decisão que viola os direitos dos atletas limpos. Vamos continuar defendendo nossa honra e nossa dignidade, está na hora de recorrer diante da justiça civil", avisou Mutko em entrevista coletiva na qual parte da imprensa internacional, foi barrada, inclusive a AFP. A coletiva acabou sendo transmitida na TV local.
Já a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, denunciou "uma punhalada não apenas para nós, mas para todo o esporte mundial".
"Quem foi responsável por isso, principalmente em Washington, fez algo criminoso. É um novo tipo de crime, podemos falar de crime contra o esporte", sentenciou Zakharova em entrevista coletiva.
A decisão de suspensão coletiva dos integrantes do atletismo russo foi pronunciada em 17 de junho pela IAAF, depois das acusações de doping organizado contra a Federação Russa de Atletismo.
Agora, o Comitê Olímpico Internacional deve decidir em até seis dias sobre a participação da delegação russa no Rio, nos outros esportes, após a revelação do relatório McLaren, que explica como era realizado um sistema de doping organizado de Estado neste país entre 2011 e 2015, em 30 modalidades diferentes.