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Uma sucessão de erros que quase acabou em tragédia

14 de Mar 2013 - 18h19

[caption id="attachment_116963" align="alignleft" width="640"] Local onde a estudante de 9 anos foi atropelada ao descer do ônibus  (Foto: Sérgio Luiz)[/caption] Ele esta ajudando o primo em uma obra no Bairro Amizade em Guaramirim. Quando seguia pela Rua 28 de agosto, em frente à creche municipal Maurita Maria Rosa, às 12h23, horário registrado pela câmera de segurança, uma menina de 9 anos, desembarcou de um ônibus escolar. Ela tentou atravessar a rua correndo e foi atropelada pelo carro dirigido por Artêmio. Ele conta que não teve tempo de desviar, foi tudo muito rápido. Disse que a menina surgiu de repente na frente do carro, que atingiu a estudante em cheio. “Pensei logo no pior, que havia matado a criança”, explica o aposentado que prestou atendimento a menina até a chegada dos bombeiros. Além de escoriações pelo corpo e no rosto, Andriane Saplak, 9 anos, quebrou a arcada dentaria e terá que usar  aparelho. Ela ainda está fazendo uma bateria de exames. Curiosamente, no mesmo dia do acidente, foi pintado no meio fio e sinalizado o local onde o ônibus deve estacionar, em frente à escola Urbano Teixeira da Fonseca, na Rua Rodolfo Jahn, lateral da 28 de agosto, onde a menina estuda. São pelo menos 600 crianças que todos os dias se arriscam ao atravessar a rua movimentada, quando poderiam descer com toda segurança na porta da escola. A diretora Sidinéia Schwalbe, disse que quando assumiu o cargo esse ano, fez um pedido à empresa Canarinho, responsável pelo transporte estudantil, que deixasse os alunos na frente da escola. E que houve a concordância desde que, houvesse um local específico e a sinalização adequada, o que ainda não aconteceu. Ela explica que foi sinalizado provisoriamente até que seja feita uma licitação que está sendo preparada. E responsabilizou a administração anterior. “Nem uma rua do município tem sinalização adequada, muito menos em frente às escolas”, denuncia. O pai da menina acidentada, Geraldo Saplak, 30, disse que pintar o local para os ônibus pararem, só depois de um acidente grave, é assumir que algo está errado. “Esperaram algo grave acontecer para tomar as providências”, reclama. Ele está faltando ao trabalho como soldador para ajudar a esposa a cuidar da filha e levar a menina para o médico com certa frequência. “Eu sei que havia um acordo verbal entre a empresa e a prefeitura para os ônibus desembarcarem os alunos em frente a escola, mas o acordo não foi cumprido. Penso que todos tem parte da responsabilidade. Não consigo mais pôr minha filha dentro de um ônibus. Ficamos traumatizados”, desabafou. A dona de casa, Maristela Ruon, 48, leva a filha de nove anos, todos os dias para a escola. ela disse que quase foi atropelada em cima da faixa de pedestre, identificada apenas pela diferença do piso em relação ao asfalto. Mas que os motoristas não param segundo ela. “As autoridades precisam de uma providência urgente aqui”, reclama. Os funcionários da creche na rua 28 de agosto também estão preocupados. Eles dizem que é muito perigoso atravessar a rua, pois os motoristas não param e não há faixa de pedestre no local. O coordenador do Conselho Municipal de Trânsito, Gladecir José Falcão, garantiu que até a próxima terça-feira, 19, a faixa de pedestre em frente à creche Maurita Maria Rosa, vai ser pintada. Ele confirmou que está em curso uma licitação que deve ser aberta em breve. O objetivo é contratar uma empresa para fazer a pintura de todas as faixas de pedestres e a sinalização da cidade. Especialmente em frente das escolas. Destacou que uma reunião na semana que vem, com todos os diretores das escolas municipais, vai definir as prioridades no tocante a segurança de trânsito. E disse que vai circular hoje, 15, com o responsável pela empresa Canarinho no município, pelas principais ruas onde passa o transporte coletivo e de alunos para conhecer de perto a situação e tomar providências. Também disse que vai falar com a polícia militar sobre a possibilidade de ter um profissional ajudando as crianças a atravessar a rua no horário de entrada e saída da escola. “Havia um monitor que se aposentou e estamos  providenciando outro pessoa para essa função”, disse Falcão. Já o supervisor de tráfego da empresa Viação Canarinho, Samuel Volltrath, argumenta que as crianças estavam sendo deixadas na 2 de agosto no local onde há uma faixa de pedestre. E que o embarque e desembarque em frente a escola não ocorria por causa de um local específico. Disse que os carros dos professores impediam o estacionamento. “E parar no meio da rua não podemos”, disse. Ele cobrou mais fiscalização ao longo da Rua 28 de Agosto. “Em frente da pista de Skate há um ponto de ônibus mas também estão pintadas vagas de estacionamento. E as pessoas deixam os carros ali. Como é que vamos embarcar as pessoa numa situação dessas?” questiona. Só de alunos, são mais de 3,6 mil transportados todo os dias. Enquanto isso, Artêmio da Silva, que se envolveu no acidente e atropelou a estudante, espera que os demais envolvidos nessa historia, assumam suas responsabilidades. A câmera instalada bem próximo do local do acidente tem pistas sobre alguns dos responsáveis. SÉRGIO LUIZ

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