Futebol
Chapecoense perde no Monumental e se complica na Sul-Americana
Maranhão chegou a empatar a partida aos 36, mas Leonardo Pisculichi fez um golaço de falta para colocar o River de novo na frente aos 15 do segundo tempo.
O confronto entre o time da pequena cidade de 180.000 habitantes do interior catarinense e o atual campeão da Libertadores e da Sul-Americana era um duelo de Davi contra Golias, e não houve milagre em Buenos Aires.
O 'Verdão do Oeste' foi valente, mas a camisa do River acabou pesando. Mesmo assim, o gol marcado fora de casa mantém a esperança, dando a possibilidade de garantir a classificação com vitória por 2 a 0 na próxima quarta-feira, em Chapecó.
O time argentino, que abriu mão de lutar pelo título nacional para se concentrar no Mundial de Clubes, não mostrou a superioridade que se esperava, mas soube castigar a Chape nos momentos decisivos para alimentar o sonho do bi na Sul-Americana.
Quem avançar enfrentará o vencedor do confronto entre Atlético Parananense e Sportivo Luqueño, do Paraguai.
O time paranaense saiu em vantagem nesta quarta-feira, ao vencer o primeiro jogo em casa, por 1 a 0, com gol de Marcos Guilherme.
- Chape acorda depois do gol -Em Buenos Aires, a Chapecoense não se intimidou com o ambiente do Monumental e começou bem postado em campo, segurando a forte pressão do River.
Túlio de Melo deu até um susto na torcida local, com apenas cinco minutos de bola rolando. O atacante foi para cima do goleiro Barovero, que se atrapalhou num recuo da zaga e quase perdeu a bola na pequena área.
O River deixava a Chape acuada no seu campo de defesa, mas só criou a primeira chance clara aos 14, com um cruzamento venenoso de Carlos Sánchez. O goleiro Danilo saiu mal, mas Maranhão conseguiu afastar o perigo de cabeça.
Destaque da seleção uruguaia nas primeiras rodadas das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, Sánchez acabou abrindo o placar ao 19. Em contra-ataque letal que pegou a defesa catarinense desprevenida, o volante acertou um belo chute de primeira da entrada da área, ao receber um cruzamento rasteiro de Casco.
Por incrível que pareça, o gol não abalou o 'Verdão do Oeste', que acordou para o jogo, se agigantou no Monumental e foi buscar o empate.
Aos 29, Cléber Santana cobrou falta com perigo e Kranevitter desviou a bola com o braço, mas o juiz não deu pênalti, para o desespero dos jogadores da Chapecoense, que reclamaram muito do lance.
O gol histórico da Chape saiu aos 35. O lance começou com chutão para frente de Danilo. Willam Bárbio desviou de cabeça para Maranhão, que invadiu a área e tocou na saída de Barovero.
- Sánchez castiga -O técnico Guto Ferreira resolveu mexer no intervalo, tirando Bárbio para a entrada de Ananias.
A Chape continuou tocando bem a bola no segundo tempo, diante de um time do River irreconhecível, que parecia sentir o golpe do gol de empate.
O time argentino acordou aos 12, em mais uma grande jogada de Sánchez, que cruzou com muito perigo da direita, mas Pisculichi não conseguiu alcançar a bola.
Sánchez, sempre ele, tentou cruzar de novo dois minutos depois, e acabou acertando a trave.
O gol do River estava amadurecendo e saiu aos 17, numa belíssima cobrança de falta de Pisculichi, que chutou forte no ângulo de Danilo.
Ananias teve uma boa chance de empatar aos 37, mas Sánchez voltou a castigar a Chape aos 40, ao aproveitar uma lambança da defesa catarinense.
O placar de 2 a 1 poderia até ter sido considerado um bom resultado, pelas circunstâncias da partida, mas este terceiro gol complicou muito a tarefa dos comandados de Guto Ferreira.
Informações do UOL.