Após oito anos, música “Jogadeira” vira hino da Seleção Brasileira de Futebol Feminino

O futebol não é apenas a arte de jogar bola. Ele vai além das quatro linhas, transcende as emoções e vira música. Certamente no primeiro jogo da Seleção Brasileira de Feminina durante a Copa do Mundo, que aconteceu no dia 9 de junho contra a Jamaica, você deve ter ouvido a música “Jogadeira” pedida pela Cristiane que fez os três gols do Brasil e aí a música explodiu.

Pois bem, essa música não foi feita especialmente para o Mundial e nem esse ano. Ela existe desde 2011 e foi composta pelas jogadoras Carina Gomes Fernandes, mais conhecida como Cacau e Gabriela Kivitz.

Cacau comenta que a música foi escrita à mão em um caderno de maneira bem despretensiosa e na volta para casa de um treino de futebol.

Como a música existe há oito anos, ela já era conhecida entre as praticantes do futebol.  Segundo a atleta, a ideia da música é contar uma história e ela conta de uma forma bonita, sobre o machismo que as mulheres sempre enfrentaram para poder jogar futebol e que aos poucos está mudando.

A música foi uma prioridade na vida das atletas para esse ano, pois o futebol feminino está em ascensão no Brasil e é o ano da Copa do Mundo Feminina que pela primeira vez foi transmitida em rede aberta. “É até engraçado, mas todos esses anos, a música não tinha nome”, diz ela. O nome foi uma sugestão do marido da Gabi, Vitor Kivitz, que hoje é músico e empresário das meninas. “Nós não gastamos um real para fazer a música, foi tudo patrocinador”, salienta ela ao dizer que foi tudo muito corrido para gravar a música e o clipe.

Ela nunca imaginou que a música chegaria ao sucesso que hoje está, tanto que já deram entrevista para sites internacionais e vão escrever a música em inglês para ter mais repercussão. “Nós sabíamos que ia repercutir no nosso meio”.

Cacau se sente feliz por estar recebendo vários vídeos de famosos e anônimos que estão cantando a música e ela se sente mais feliz ainda, por saber que tem muitos meninos crianças que vão crescer sabendo que é normal uma mulher jogar futebol.

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