ESPORTE
'Nossa estratégia encaixou', diz Jardine após futebol conquistar vaga em Tóquio
Com o placar de 3 a 0 sobre a Argentina, a seleção brasileira sub-23 terminou em segundo lugar na classificação geral do Pré-Olímpico, atrás apenas da própria rival, e garantiu o passaporte para os Jogos de Tóquio-2020. Com mudanças na escalação para a última partida, o técnico André Jardine afirma que a equipe se tornou menos previsível.
A principal mudança foi no ataque: a saída de Antony do time titular para a entrada de Reinier. Paulinho atuou ao lado de Matheus Cunha no centro do ataque - a dupla marcou os gols da classificação brasileira. Outras alterações importantes foram a escalação do zagueiro Ricardo Graça como substituto de Nino, suspenso, e Caio Henrique voltou para a lateral esquerda.
"A variação do sistema com dois atacantes por dentro a gente tinha treinado na Granja (Comary). Jogamos parte de um dos tempos de um dos amistosos. Era uma carta que tínhamos na manga, imaginávamos usar e se fez importante na reta final. Gerou dúvida na Argentina, que tem sistema defensivo forte", afirmou o treinador em entrevista coletiva na Colômbia.
"O sistema de marcação exigiu da gente um sistema com mais mobilidade, com dois falsos pontas, Pedrinho e Reinier se movendo para dentro e os dois atacantes atacando profundidade. Identificamos que esse seria o ponto fraco da Argentina. Hoje (domingo) foi o dia que a estratégia encaixou", afirmou.
Jardine afirmou que procurou se manter alheio às críticas à seleção brasileira. Depois de bons resultados na fase de grupos, a seleção caiu de produção e teve dois empates diante de Colômbia e Uruguai. O time chegou ao jogo com a Argentina precisando da vitória para se classificar.
"A gente tem procurado desligar da parte de noticiário porque interfere, somos seres humanos. A gente se fechou no que tinha que fazer. Foi muito trabalho. Foram 40 dias de trabalho ininterrupto, tivemos só um turno de folga. Praticamente não sobra tempo para absorver pressão externa", afirmou o treinador.
Jardine afirmou que a base para a Olimpíada está formada, mas não descarta a convocação de atletas mais experientes. "Construímos uma base. Não vamos fugir disso, vamos acompanhar cada um nos clubes. Eles precisam se manter para estar aqui. A partir de agora vamos começar, depois de descansar, a pensar em atletas de mais idade que podem trazer experiência maior. Um tempero que a equipe precisa", avaliou.