Fórmula 1

25 anos da morte de Ayrton Senna

A corrida acontecia no circuito de Ímola, na Itália, quando o acidente aconteceu. Senna disse que iria homenagear o austríaco Ratzenberger que morrerá no dia anterior

01 Mai 2019 - 17h20Por Camila Silveira Rosa

Hoje é um daqueles dias para ficar em casa com os pés para cima, sem fazer nada, curtindo a folga do dia 1º de maio e claro, aproveitar com a família. Mas há 25 anos, quando começava o “pam pam pam”, as famílias paravam em frente à televisão, pois a corrida iria começar. Porém, o dia de hoje era de tristeza e comoção para os brasileiros, especialmente para os amantes de Fórmula 1, como o piloto Ayrton Senna da Silva, ou simplesmente Ayrton Senna do Brasil, como começou a ser chamado pelo Galvão Bueno.

Neste dia, por volta das 14h17, quando os pilotos iniciavam a sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, um grave acidente na curva Tamburello resultou na morte do tricampeão de F-1, de apenas 34 anos.

Aquela corrida no circuito de Ímola, na Itália, era a terceira etapa de uma temporada que Senna não ia nada bem. O jovem piloto não havia conquistado pontos no campeonato e Michael Schumacher, que era novato, disparava com duas vitórias.

Segundo jornais da época e o próprio documentário de Senna, antes de entrar na pista, o piloto havia pedido uma bandeira da Áustria, pois ele disse que iria ganhar a corrida e iria homenagear Roland Ratzenberger, que morreu no dia anterior durante os treinos. Na sexta-feira, no dia 29 de abril de 1994, outro piloto, Rubens Barrichello sofreu um grave acidente também durante os treinos.

Senna estava dirigindo a 216 km/ horas e a batida não foi frontal. A roda direita ficou prensada entre o muro e o carro e isso causou a quebra do braço da suspensão que acabou entrando pela viseira do capacete perfurando o crânio e atingindo o cérebro. Senna não havia quebrado nenhum osso.

O mundo acompanhava ao vivo a corrida e os bombeiros demoraram cerca de 20 segundos para chegar no local, pois a curva era longe da entrada dos boxes. A ambulância levou dois minutos e, segundo relatos de jornalistas da época e de especialistas em segurança de corridas, esse é um tempo muito longo. Até o momento, Senna mexia o pescoço e ao ser retirado do veículo, foi necessário fazer uma traqueostomia para que pudesse respirar. Depois de 15 minutos, ele foi levado de helicóptero para o hospital Maggiore, em Bolonha e morreu 40 minutos após ser internado.

A pista

Pista de Ímola, na Itália -Foto: Reprodução

A pista de Ímola tinha muitas ondulações e os carros ficavam instáveis e sujeitos a derraparem. E a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), havia proibido tecnologias que davam vantagem à escudeira azul e branco, e a Willians (nova equipe de Senna) estava se adaptando à proibição do uso do sistema de suspensão eletrônica.

Outros acidentes

Na curva da morte como é conhecida a Tamburello, outros acidentes já haviam acontecido. Em 1987, Nelson Piquet bateu no mesmo ponto a 280km/h por causa de um pneu furado. Depois anos depois, o piloto e amigo de Senna, Gerhard Berger, colidiu e incendiou a Ferrari. Após o acidente do piloto brasileiro, a curva virou uma sequência de baixa velocidade.

Sobre Ayrton Senna

Senna iniciou a carreira aos 13 anos, competindo nas provas de kart e foi campeão sul-americano. Em 1981, ingressou na Fórmula Ford, onde acumulou títulos e dois anos depois, foi campeão de Fórmula-3.

Aos 24 anos, o piloto começou a competir na Fórmula 1. Em dez anos, foram 41 vitórias e três campeonatos mundiais – 1988, 1990 e 1911 -, todos pela McLaren. Em 1994, o piloto disputava pela primeira vez pela equipe da Williams. Senna deixou um legado de humildade e carisma.

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