Educação

Tecnologia facilita a alfabetização na rede municipal

O investimento da Prefeitura no sistema, nos equipamentos e acessórios foi de R$ 3,4 milhões

27 Set 2019 - 06h00Por Da Redação

Os processos de alfabetização mudaram ao longo da história e a revolução fica ainda mais evidente dentro das escolas municipais de Jaraguá do Sul. O tradicional bê-á-bâ ou o U de Uva e o I de Ivo saltaram para tela do computador, quer dizer, na verdade, para tela de um moderno chromebook que carrega um avançado sistema Google para Educação.

O investimento da Prefeitura no sistema, nos equipamentos e acessórios foi de R$ 3,4 milhões. Os chromebooks são como notebooks, mas com sistema operacional Chrome OS, que funciona totalmente baseado na rede de internet (nuvem). É menor que um notebook e mais leve, pois não necessita de memória física. Versáteis, essas máquinas também podem ser utilizadas como tablets, não ficam obsoletas, e fazem a alegria da criançada.

Na sala do primeiro ano do professor Paulo Balbino, da Escola Atayde Machado, crianças de 6 a 7 anos utilizam a tecnologia de diferentes formas. Cada um recebe um equipamento e a orientação do professor sobre qual será a atividade do dia. O objetivo maior neste momento é favorecer o ensino da leitura e da escrita e também a iniciação à lógica e à matemática. Um dos jogos é um caça palavras, onde as letras se misturam e os alunos precisam formar a palavra correta para depois passar para o papel. Quem conseguir somar mais pontos ganha um brinde pedagógico, como lápis e borracha. Ninguém fica bocejando de desinteresse.

E é realmente surpreendente como as pequenas mãos dos estudantes deslizam de forma natural na tela obedecendo quase que de forma instintiva aos comandos. Os maiores desafios aos professores, de uma geração analógica, foi entender a tecnologia e se abrir para as novas possibilidades.
“No início, não acreditei muito, dá um certo receio. Mas me surpreendi demais. Hoje, utilizo uma média de quatro vezes por semana com meus alunos. Eles preferem assim, prestam mais atenção e cada dia vão ganhando mais autonomia”, avalia o professor.

“É mais legal, mais divertido”, acrescenta Emili Nicoli, de 7 anos, enquanto forma palavras no chromebook. A menina diz que já consegue ler tranquilamente e que agora está concentrada em escrever melhor. “O jogo ajuda, a gente se interessa mais”. Debora Suckow, também de 7 anos, concorda. “Tudo é muito legal, ajuda a gente a aprender mais fácil”.

Professores elogiam novo método

A escola Atayde Machado conta com 280 estudantes e 36 funcionários, sendo 20 deles professores. Segundo a diretora Rita Costa, é unânime o potencial da tecnologia na melhora da qualidade do ensino. A utilização varia conforme a faixa etária. Estudantes do sexto ao nono ano fazem, inclusive, as provas de maneira online. “Já diminuímos muito o uso de papel”. Agenda, tarefas, recados, tudo é enviado por e-mail aos alunos.

A diretora diz que os professores seguem um cronograma toda semana agendando a utilização da tecnologia.

“É uma riqueza contar com esse material. As perguntas dos alunos já não ficam para o dia seguinte. Surge uma dúvida e a gente pesquisa na hora, debate. Acrescentamos ao conteúdo fotos, vídeos. A escola entrou na lógica já vivida pelos estudantes”, afirma a professora do segundo ano, Heloísa Ross.

As salas de aula também contam com projetor e os professores ganham auxílio de sites especializados para tornar o dia a dia mais divertido e eficiente. Para o secretário de Educação, Rogério Jung esse é um caminho irreversível. “A escola precisa se modernizar e a rede municipal está um passo a frente em muitos sentidos”, avalia.

Depois da compra dos equipamentos a todas as escolas municipais, em julho, até o fim do ano a expectativa é para que todo professor do Município tenha um chromebook em comodato para uso pessoal e para que possa planejar melhor suas atividades.


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