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Educação

Rede municipal de ensino de Jaraguá do Sul é reconhecida como “Educação que faz a diferença”

A pesquisa, lançada recentemente, leva em conta as práticas exitosas mais comuns adotadas pelas redes

03 Jul 2020 - 14h58Por Da Redação

A rede municipal de ensino de Jaraguá do Sul foi reconhecida nesta semana como “Educação que faz a diferença” por instituto de pesquisas aplicadas na área da educação de São Paulo, o Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), em parceria com o Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (IRB) e com 28 Tribunais de Contas com jurisdição na esfera Federal. A pesquisa, lançada recentemente, leva em conta as práticas exitosas mais comuns adotadas pelas redes.

Segundo a secretária de Educação, Ivana Atanásio Dias, “a preocupação da rede municipal, cotidianamente, é a de tornar mais sólidos e eficientes os processos de ensino-aprendizagem voltados para os quase 21 mil alunos das 61 unidades educacionais do município”. São 30 as escolas e 31 os Centros de Educação Infantil.

De acordo com o estudo, as redes reconhecidas garantem a aprendizagem da maior parte dos alunos, adotam ações para reduzir as desigualdades, mantêm a frequência escolar e apresentam avanços na aprendizagem dos estudantes ao longo dos anos.

Auditores dos Tribunais de Contas Estaduais e Municípios realizaram pesquisas de campo, entrevistaram secretários, diretores, professores, coordenadores pedagógicos, estudantes e seus pais para identificar as principais estratégias e ações que garanta bons resultados educacionais. As redes identificadas na pesquisa quantitativa são reconhecidas com selos de qualidade, que variam segundo os critérios educacionais atingidos. Há três opções de selos: Excelência, Bom Percurso e Destaque Estadual, criados com os mesmos parâmetros e indicadores educacionais. O de Excelência é o mais rigoroso, concedido a apenas duas redes; o de Bom Percurso foi atribuído a 104 cidades e o de Destaque Estadual para 12.

Redes de Excelência
Na visão do Iede e do IRB, as redes de excelência são as que buscam garantia de aprendizado de todos os alunos, independentemente do seu contexto social e socioeconômico. São redes de ensino que, apesar dos desafios, conseguem atingir indicadores de qualidade e equidade. Os critérios para que uma rede seja denominada de excelência ainda é realidade para poucas redes públicas do país. Muitos Estados não têm redes de ensino reconhecidas com esse selo.

Redes com Bom Percurso
São classificadas como Bom Percurso as redes de ensino que apresentaram evolução consistente na aprendizagem dos alunos e no fluxo escolar nos últimos anos, mas ainda não atingiram indicadores de excelência.

Destaque Estadual 
Os Estados só possuem redes com o selo Destaque Estadual, caso não tenham duas redes Bom Percurso ou Excelência. Os critérios para ser um Destaque Estadual são consideravelmente menos exigentes: é preciso ter taxas de aprovação acima da média nacional e Ideb acima do esperado para o perfil socioeconômico dos alunos. As redes com Destaque Estadual não atingiram os parâmetros de qualidade para serem consideradas de Excelência ou Bom Percurso, mas são destaques nos Estados em que se encontram e respeitam critérios mínimos de qualidade.
Para a obtenção dos três diferentes selos são avaliados os mesmos indicadores*, com diferentes níveis de exigência:

* As redes buscam garantir a aprendizagem da maioria dos alunos, fornecendo, ao menos, o nível básico de proficiência;
Nas redes de Excelência, quase todos os alunos concluem os anos iniciais e finais do ensino fundamental sabendo o mínimo de português e matemática;

*As redes esforçam-se para reduzir as desigualdades;
As redes garantem a aprendizagem dos alunos de menor nível socioeconômico porque isso não é impeditivo para sua capacidade de aprender, mas o contexto familiar e social os tornam vulneráveis e com menor acesso aos bens culturais. As redes premiadas esforçam-se para diminuir esta diferença.

*Trabalham para que todos os alunos fiquem na escola;
As redes consideradas de Excelência apresentaram taxas de aprovação escolar, em 2016 e 2017, iguais às de países desenvolvidos, enquanto as redes Bom Percurso têm taxas acima da média nacional.

*Apresentam avanços consistentes na aprendizagem dos alunos ao longo dos anos;
A rede de ensino deve agregar mais à aprendizagem dos alunos do que é esperado, levando-se em consideração a média brasileira para redes com estudantes de perfil socioeconômico semelhante. Redes com Excelência e Bom Percurso devem ter avançado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em duas edições consecutivas.

Pandemia - Professores, alunos e equipe técnica reinventaram a escola a partir de março, com a pandemia de coronavírus. De repente, as aulas presenciais foram canceladas e toda a questão pedagógica passou a ser desenvolvida por meio remoto, uma ferramenta digital chamada Google Classroom. Uma força-tarefa foi montada para a criação de 955 salas virtuais que atendem quase 21 mil alunos. Antes da pandemia, a rede municipal de ensino já contava com o Google Classroom, porém, a tecnologia ficava restrita a alguns momentos em sala de aula uma vez que poucas escolas tinham o cabeamento necessário para uso da ferramenta. 

Aos professores cabem as publicações diárias, aplicação de novos conteúdos, tarefas, trabalhos e provas.  A Secretaria da Educação e seus técnicos de tecnologia da informação, desenvolveu robôs digitais multitarefas que vasculham as salas em tempo real e fornecem relatórios dos problemas encontrados, o que facilita  na atuação corretiva da Semed com rapidez. “É preciso dizer que o sucesso das salas digitais não está no equipamento, mas no trabalho humano dos profissionais da educação”, avalia a secretária Ivana.  

A secretaria forneceu chip com internet para cerca de 500 famílias que apresentavam dificuldades de acesso à tecnologia. Também ofertou aparelhos telefônicos de celular e tablets a alunos carentes. Técnicos de informática se deslocaram a algumas residências para resolver os problemas de acesso. “É importante dizer que a Semed audita os aparelhos e os chips, a fim de garantir que sejam usados apenas e tão somente para atividades educacionais”, ressalta a secretária Ivana Dias.


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