Educação
Ex-catador de latinhas brasileiro aprovado em Harvard leva luz a escola da África
Além de Moçambique, outros países africanos como Zimbábue, Congo e Madagascar se interessaram pela iniciativa do brasileiro
A história do professor brasileiro Ciswal Santos é impressionante. Ex-catador de latinhas de Juazeiro do Norte, no Ceará, aprovado em Harvard, ele levou para a África, o projeto que desenvolveu para geração de energia elétrica sustentável no nordeste do Brasil – que infelizmente não foi implementado por aqui.
“O meu projeto não gera dinheiro para ricos, favorece a população. Não é corrupto. Não é comercial, por isso não fui aceito [no Brasil]. Aqui [na África] foi abraçado e recebi muitos convites”, afirmou Ciswal ao Diário do Nordeste.
“Terça-feira, dia 21 estarei aí no Brasil, contou Ciswal em entrevista ao SóNotíciaBoa”. Ele fica até o dia 20 em Moçambique, onde levará iluminação à escola de uma aldeia. “Vai poder funcionar de dia e de noite”, garante o professor.
O projeto de Ciswal, inicialmente voltado para famílias do semiárido nordestino, usa placas solares para captação de água, a partir de poços artesianos, e acesso à internet, disponibilizada via satélite.
Além de Moçambique, outros países africanos como Zimbábue, Congo e Madagascar se interessaram pela iniciativa do brasileiro.
História
Professor Ciswal Santos, de 31 anos, ficou conhecido após ser aprovado para estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em 2018, como mostrou o SoNoticiaBoa.
O convite para implantar o projeto na África surgiu ano passado, depois que o professor foi nomeado embaixador de Direitos Humanos da Noble Order for Human Excellence (NOHE). A entidade, presente em 17 países, é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Ex-catador de latinha
Nascido em Palmares (PE), Ciswal se mudou para Juazeiro do Norte na adolescência quando seu pai, também professor, foi transferido para a cidade de Serra Talhada (PE). Devota do Padre Cícero, a família optou por ficar na terra do sacerdote.
Após a separação dos pais, a mãe de Ciswal ganhava R$ 15 por faxina.
Para o jovem se manter na escola e ajudar a sustentar a casa o jovem resolveu trabalhar em um mercantil entregando compras de feiras de bicicleta.
Quando entrou na faculdade, antes de completar os 16 anos, o professor teve que buscar no lixo a solução para seu sonho de continuar estudando.
Ciswal catava latinhas para reciclagem. Com o pouco dinheiro que conseguia, ele pagava xerox, apostila, livros e impressões.
“Resolver problemas das pessoas”
Toda essa dificuldade gerou solidariedade e empatia no coração de Ciswal.
“Eu tive dificuldade para estudar. O pessoal sabe disso. Eu superei e é através da educação que estou onde estou. Decidi que, enquanto vida tiver, enquanto Deus me der inteligência, duas pernas, dois braços e uma cabeça para pensar, eu vou resolver os problemas dessas pessoas. Não vou querer ganhar dinheiro com isso. Quero minhas ideias para ser canal de solidariedade, canal de oportunidade para estas pessoas”, concluiu o professor.
Fonte: SóNotíciaBoa
Quer ser o primeiro a saber das notícias de Jaraguá do Sul e Região? CLIQUE AQUI e receba direto no seu WhatsApp!
Matérias Relacionadas
Educação
Prefeitura de Guaramirim assina ordem de serviço para ampliação do CEI Joanir da Silva
A melhoria permitirá a abertura de aproximadamente 130 novas vagas

Geral
Oportunidade de estágio para estudantes do Ensino Superior no Samae
O edital está disponível no site da autarquia e as inscrições podem ser realizadas até o dia 24 de novembro

Educação
Matrículas para a rede estadual de ensino de SC começam nesta quinta-feira
A pré-matrícula online poderá ser feita até 21 de novembro no site matriculaonline.sed.sc.gov.br, utilizando o cadastro do gov.br.

Geral
Escola Homago comemora 60 anos com Baile Reencontro em Jaraguá do Sul
O evento tem como objetivo reunir ex-alunos, professores, colaboradores e membros da comunidade em uma noite de confraternização e celebração

