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Educação

Estudantes criam soluções inteligentes e sustentáveis para a vida na cidade

A etapa regional teve início nesta sexta-feira (7), no SESI de Jaraguá do Sul

07 Fev 2020 - 17h00Por Da Redação

Facilitar o estacionamento de veículos, otimizar o transporte de pacientes para tratamento de saúde e implantar semáforos autossustentáveis. Estes são alguns dos projetos criados por estudantes de 9 a 16 anos de todo o estado e que serão avaliados por jurados do torneio de robótica da First Lego League (FLL). A nova temporada da competição (batizada em inglês como City Shaper) desafia os participantes a criar soluções sustentáveis e inteligentes para a vida na cidade. A etapa regional teve início nesta sexta-feira (7), no SESI de Jaraguá do Sul.  

O vice-presidente regional da FIESC, Celio Bayer, salientou na abertura do evento que a competição é um processo de aprendizagem colaborativo. “Os estudantes têm uma experiência criativa e metodologias ativas, aplicando o conceito maker. O desafio deste ano vai ao encontro das nossas demandas. Em breve, vamos dar início às atividades do Instituto SENAI de Tecnologia na área de mobilidade elétrica e energia renovável”, comentou. 

A chefe de gabinete da prefeitura de Jaraguá, Emanuela Wolff, falou sobre os investimentos do município em educação. “É uma rede de trabalho, que vai desde os pais dos alunos, passando pelos professores e contando com o apoio de parceiros como a FIESC. Todos ganham com mais inovação e educação”, afirmou. 

O diretor regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira, lembra que a robótica contribui para a formação dos profissionais do futuro, não apenas por estimular o raciocínio lógico e desenvolver habilidades técnicas fundamentais para a nova indústria, mas principalmente, por promover a criatividade e o trabalho em equipe. “No torneio de robótica FLL crianças e jovens poderão participar gratuitamente de oficinas de robótica e de tecnologia e inovação. Ficaremos na torcida para que a competição dê origem a soluções e a profissionais muito bem qualificados que integrarão, muito em breve, a nossa indústria”, destaca.

Para o diretor de educação do SESI e SENAI, Claudemir Bonatto, a educação oferecida pelas entidades é transformadora. “Transformar o mundo é construir as cidades do futuro e isso será feito pelas mãos e pelas ideias de vocês, estudantes”, acrescentou.   

Projetos de inovação - Em linha com o desafio da temporada, os competidores precisam propor soluções para situações reais vividas nas cidades. Estudantes de Blumenau prototiparam um telhado verde, feito com bandeja de madeira plástica, para reduzir o desconforto térmico causado pelas “ilhas de calor”, comuns em grandes centros urbanos. A ideia custa R$ 100/m2 e pesa 60 kg/m2, enquanto um telhado verde convencional custa R$ 150/m2 e chega a pesar 150 kg/m2. Ao comparar a temperatura de uma casa com o telhado verde a uma casa sem essa estrutura, a variação chega a 13% em alguns horários. 

A equipe contou com o apoio da Carbo Brasil, de gestão de resíduos sólidos, que cedeu o maquinário e o termoplástico para produzir a bandeja. Os estudantes inseriram no processo a fibra de coco e de madeira, que inclusive passou a ser utilizada pela empresa. “A robótica contribui muito porque vejo um mundo totalmente diferente. Estou aprendendo a programar, fazer pesquisa científica, projetos e robôs, o que vai ajudar na minha carreira no futuro”, conta a estudante Rebeca Silva, de 13 anos, que integra a equipe. A jovem estuda na Escola Básica Municipal Vidal Ramos, em Blumenau, e frequenta as aulas de robótica no contraturno escolar, no Espaço de Educação Maker do SESI. 

Outra proposta, desenvolvida por estudantes de Lages, é o semáforo ecológico solar, feito de material reciclável e com sistema de alimentação elétrico e autossustentável, por meio de placas solares instaladas nos cruzamentos. A pesquisa apurou que para manter os semáforos funcionando nos 45 cruzamentos de Lages, o município gasta R$ 70 mil/ano. Com o semáforo ecológico solar, a geração de energia extrapola esse valor, chegando a R$ 82 mil/ano, possibilitando que a energia “excedente” seja aproveitada pelo município de outra forma. “O semáforo seria feito de material reciclável e a manutenção custaria R$ 900, em vez de R$ 11 mil como é o caso do convencional. Numa cidade como São Paulo, a economia chegaria a R$ 12 milhões”, explica João Victor Goulart, de 13 anos, que frequenta o oitavo ano e estuda robótica no SESI SENAI de Lages.

Já a equipe de Criciúma desenvolveu projeto de inovação que visa identificar alternativas para a pintura das faixas de pedestres, pois a falta de manutenção da tinta dessas áreas potencializa a ocorrência de acidentes. “Pesquisamos e descobrimos que nos Estados Unidos se usa concreto pigmentado que tem durabilidade de 7 a 10 anos, enquanto que a tinta dura seis meses”, conta a estudante Ana Julia Caciotori que integra a equipe.

Os melhores times desta etapa garantem vaga na disputa nacional, que será realizada em São Paulo de 6 a 8 de março. Em Santa Catarina, 37 equipes de escolas públicas, privadas e da rede SESI SENAI participam do torneio, representando 23 municípios. Durante o evento, crianças de 7 a 10 anos e jovens de 11 a 15 anos poderão participar gratuitamente de oficinas de robótica e de tecnologia e inovação. 


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