ECONOMIA

Tentativa é de terceira alta seguida do Ibovespa, em busca dos 100 mil pontos

18 Mar 2019 - 12h43Por Maria Regina Silva

O Ibovespa começou a semana em alta, tentando emplacar a terceira elevação consecutiva. Na sexta-feira, teve valorização (0,54%) recorde, aos 99.136,74 pontos na sexta-feira. Depois de abrir em alta moderada, o índice à vista da B3 passou a acelerar a velocidade de ganhos, acompanhando Nova York, onde renovavam máximas. Às 11h23, o Ibovespa subia 0,41%, aos 99.543,52 pontos, mirando a pontuação inédita dos 100 mil, em dia de vencimento de opções sobre ações. O Ibovespa futuro, entretanto, atingiu há pouco essa marca dos 100 mil pontos.

A alta tanto no futuro quanto no à vista foi intensificada após o mercado acionário em Nova York renovar máximas, onde investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Às 11h09, o Ibovespa futuro subia 0,80%, aos exatos 100 mil pontos, enquanto no à vista a alta era de 0,35%, aos 99.484,44 pontos. Vale ressaltar que nesta segunda-feira, 18, tem vencimento de opções sobre ações.

No Brasil, a reforma Previdência continua no foco dos investidores. Além da expectativa de anuncio de propostas para a aposentadoria dos militares, na quarta, antes, na terça, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) se reunirá pela primeira vez e o início da tramitação do projeto da Previdência é incerto uma vez que parlamentares reclamam da falta do projeto relativo aos militares para iniciar as discussões.

Há pouco, o presidente da CCJ da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu não colocar na pauta da primeira reunião de trabalho do colegiado, na terça-feira, 19, um requerimento de convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentado pela oposição. O deputado deu um prazo para que a oposição negocie com o governo um entendimento. A ideia é mudar a convocação para um convite, o que evitaria constrangimentos para Guedes.

O economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria Integrada, observa em nota que, quanto à reforma da Previdência, as incertezas seguem limitando uma melhora mais firme dos ativos.

Além da Previdência, os agentes econômicos monitoram a visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, além das reuniões de política monetária no BC americano e brasileiro. O encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa na terça, será o primeiro sob o comando de Roberto Campos Neto.

Aqui no Brasil, diante da expectativa unânime de manutenção da Selic em 6,5% ao ano, o foco deve ficar concentrado no comunicado para ver se o novo presidente fará alguma mudança no comunicado, indicando, por exemplo, mudança na condução nos juros. "O Copom parece dado, mas o mercado ficará de olho na comunicação do novo presidente para ver se terá alguma modificação", diz um operador.

Além da inflação baixa, a atividade continua enfraquecida, como reforçou hoje o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro. O dado caiu 0,41% no primeiro mês ante o anterior e subiu 0,79% em relação a janeiro de 2018. Os números ficaram piores que as medianas das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, de -0,25% e de alta de 0,90%, respectivamente.

Em meio ao impasse comercial entre EUA e China, os investidores ainda acompanham a viagem de Bolsonaro à Casa Branca, para ver se sairá algum acordo. "Tem de ver se terá algum avanço nesse encontro, e como repercutirá com os chineses, já que o país é nosso principal importador", diz a fonte.

Nesta segunda-feira na China, principal cliente do minério brasileiro e também da Vale, a cotação da commodity atingiu o maior nível em duas semanas. O movimento acontece após o fim de restrições para a sinterização - processo para a melhor utilização de certos graus de minério - na cidade siderúrgica de Tangshan. O minério também continua sustentado por restrições na oferta da brasileira Vale, que tem a China como principal destino de seu produto.

Matérias Relacionadas

Economia

WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", diretor superintendente da WEG Energia alega sobreoferta no mercado de energia
WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal
Geral

BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix

Foram expostas informações cadastrais da Sumup Sociedade de Crédito
BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix
Economia

BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix

Dados protegidos por sigilo, como saldos e senhas, não foram afetados
BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix
Economia

Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro

Dos 26,2 mil novos empregos criados no estado, indústria foi responsável por 14,26 mil postos no primeiro mês do ano, segundo dados do CAGED. Saldo de vagas no Brasil no período atingiu 180,4 mil empregos.
Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro
Ver mais de Economia