ECONOMIA
Taxas médias e longas de juros sobem com dólar
Os juros futuros operam em alta, sintonizados ao desempenho positivo do dólar ante o real e outras divisas de países emergentes exportadores de commodities. Reavaliações de investidores internacionais sobre as chances de um acordo comercial entre EUA e China e as indefinições no processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) estimulam uma realização de ganhos recentes nas bolsas europeias e futuros de Nova York, apesar do avanço do petróleo e de alguns metais básicos, como o cobre.
Internamente, operadores afirmam que há desconforto com a tramitação da reforma da Previdência diante dos sinais de lentidão na articulação política do governo no Congresso e de resistências às medidas por parte de magistrados e servidores públicos, além do envio separado das mudanças nas regras de aposentadoria dos militares.
Mais cedo, em entrevista ao canal Globo News, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que o governo definiu o prazo para chegada da reforma da Previdência dos militares até 20 de março, que seria um prazo para que os projetos possam tramitar "ao mesmo tempo".
Ele afirmou ainda que "quem ditará o ritmo da reforma da Previdência é o Congresso Nacional". Ainda nesta terça-feira, 26, Marinho participa de almoço e reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (12 horas, de Brasília).
Às 9h54, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava a 6,455%, de 6,460% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2021 subia a 7,10%, de 7,08% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 avançava a 8,22%, de 8,21% no ajuste de segunda. E o DI para janeiro de 2025 estava a 8,76%, de 8,73% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista subia 0,28%, aos R$ 3,7538.
Nesta manhã, foi divulgado que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou em seis das sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de fevereiro. A taxa caiu de 0,34% na segunda quadrissemana de fevereiro para 0,29% na terceira leitura deste mês.
A confiança do setor industrial brasileiro avançou em fevereiro na comparação com janeiro, revela o Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Houve alta de 0,8 ponto do indicador no período, atingindo 99,0 pontos, representando a terceira elevação consecutiva, após expansão de 2,6 pontos em janeiro e 0,2 ponto em dezembro.
Porém, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 3,8 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, descendo a 100,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador ainda avançou 0,1 ponto, a sexta alta consecutiva.