feirão de empregos
Economia

Responsável por 3,7% do PIB, setor de defesa é oportunidade para indústria de SC

17 Mai 2024 - 14h00Por Janici Demetrio
  - Crédito: FABRÍCIO DE OLIVEIRA - Crédito: FABRÍCIO DE OLIVEIRA

Um dos motores do desenvolvimento de novas tecnologias no país, o setor de defesa e segurança foi responsável por 3,72% do PIB brasileiro em 2022 e movimentou R$ 86,6 bilhões só no primeiro semestre do ano passado. A informação foi transmitida pelo presidente da FIESC - Federação das Indústrias de Santa Catarina e presidente do Conselho da Indústria de Defesa e de Segurança (Condefesa) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mario Cezar de Aguiar. Em seu discurso na abertura da SC Expo Defense, Aguiar destacou a relevância do setor para a indústria, incluído entre as missões prioritárias do governo federal na sua nova política industrial. 

“O setor de defesa e segurança foi responsável por R$ 7,47 bilhões em investimentos no acumulado do primeiro semestre do ano passado e por exportações de R$ 11,57 bilhões. São produtos de altíssimo valor agregado em um setor que gera empregos extremamente qualificados na indústria”, afirmou Aguiar. 

O presidente da FIESC destacou ainda que o segmento ajuda a movimentar outros setores, como os de máquinas e equipamentos mecânicos; equipamentos de informática; produtos eletrônicos e ópticos; automóveis, caminhões e ônibus e até a construção civil.

“Também movimenta o ecossistema de inovação, fomentando a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, beneficiando, além das indústrias, institutos de pesquisa e universidades”, destacou.

O secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro do Ar Rui Chagas Mesquita, afirmou que o evento oferece uma plataforma para empresas regionais mostrarem suas capacidades na área de defesa, para  promover cooperação com parceiros internacionais, abrir espaço para o desenvolvimento de novos produtos e impulsionar a inovação tecnológica.

“É um ambiente propício para o desenvolvimento de novas colaborações e parcerias duradouras e contribui para a soberania tecnológica. A presença das financiadoras ajuda a fortalecer a pesquisa, incentivando retenção e repatriação de talentos e a minimizar os gargalos em tecnologias críticas para a defesa”, afirmou. Também destacou que o Ministério da Defesa está trabalhando pela manutenção dos incentivos fiscais disponíveis para empresas do setor na regulamentação da reforma tributária. 

Investimentos de SC

Durante o evento, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), Fábio Wagner Pinto, anunciou um novo programa estadual para fomentar a indústria de defesa em Santa Catarina. O Programa  de Estímulo a Tecnologias de Interesse para a Soberania e Defesa Nacionais será lançado no próximo dia 29 de maio, com um edital da Fapesc.

O edital do programa vai conceder R$ 6 milhões em subvenção econômica para indústrias de todos os portes que atendam a áreas de interesse da Base Industrial da Defesa, identificados pela Portaria MD 1112, de 4 de março de 2024.

“Temos no estado polos de desenvolvimento extraordinários e com ampla possibilidade de sinergia a demandas do setor de defesa. Tecnologias que hoje temos nas mãos todos os dias emergiram de demandas de órgãos da defesa e essa migração irá se repetir no futuro”, afirmou o presidente da Fapesc.

Para Marcelo Fett, secretário de estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, o setor de defesa é fundamental para a indústria e a economia de SC pela sua capacidade de gerar inovação tecnológica.

“O setor sempre foi estratégico para SC, e o estado dispõe de mecanismos e políticas públicas que contribuem para desenvolver o setor de defesa. O desenvolvimento das Fragatas Tamandaré no estado é um exemplo disso”, destacou Fett.

Oportunidades para a indústria 

Na abertura, foi assinado ainda um protocolo de intenções para a criação de uma Câmara de Nacionalização, com os objetivos de desenvolver uma cadeia de suprimentos para a defesa baseada em fornecedores nacionais, aumentar a participação das empresas brasileiras na construção naval e reduzir a dependência estrangeira e geração de empregos. 

O primeiro dia de evento contou ainda com apresentações das Forças Armadas detalhando suas demandas e as oportunidades de aquisições de produtos e serviços de empresas participantes do evento. 

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