ECONOMIA

Recuo da produtividade do trabalho ainda não foi interrompido no Brasil, diz BC

20 Dez 2018 - 11h33Por Fabrício de Castro e Fernando Nakagawa

O Banco Central publicou nesta quinta-feira, 20, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), um boxe que trata da evolução da produtividade e do rendimento do trabalho no País. De acordo com a instituição, o recuo da produtividade, iniciado em meados de 2013, "não foi interrompido em período recente, a despeito da gradual recuperação da atividade econômica".

Em função disso, conforme o BC, permanece "o espaço para ganhos de produtividade, de característica pró-cíclica, em cenário de continuidade da recuperação da atividade econômica".

No boxe, o BC defende que, "em alguma medida, a recuperação de produtividade já teve início no âmbito das famílias e firmas, mas a consolidação do processo de crescimento da produtividade, em termos agregados, segue dependente da interrupção ou mesmo de reversão da tendência recente de aumento da participação de trabalhadores em setores institucionais/atividades menos produtivos".

Escolaridade

Em um segundo boxe, específico sobre o rendimento do trabalho, o BC ponderou que a variação acumulada do rendimento médio, entre o primeiro trimestre de 2012 e o terceiro trimestre de 2018, "foi favorecida pelo efeito composição resultante da elevação do nível médio de escolaridade da população ocupada".

Conforme o BC, "essa melhora qualitativa do grau de instrução pode contribuir ainda para um eventual aumento de produtividade em cenário de retomada da atividade econômica".

Saldo de crédito

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, pela primeira vez, no RTI, suas projeções para o mercado de crédito em 2019. A estimativa para o saldo de crédito no próximo ano é de alta de 6,0%.

A projeção para o saldo de crédito para pessoas físicas é de elevação de 7,0%. No caso das pessoas jurídicas, a variação esperada é positiva em 5,0%.

De acordo com o BC, a estimativa para o saldo de crédito livre - aquele que não utiliza recursos da poupança e do BNDES - em 2019 é de alta de 10,5%. Já a projeção para o crédito direcionado (poupança e BNDES) é de elevação de 1,0%.

Essas perspectivas em relação a 2019 sugerem um cenário mais favorável que o de 2018 para o mercado de crédito.

No RTI desta quinta, o BC não atualizou suas projeções para 2018. No documento de setembro, a expectativa era de alta de 4,0% para o saldo total de crédito este ano.

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