ECONOMIA

Queda de 0,3% do Monitor do PIB da FGV é a 1ª desde greve dos caminhoneiros

19 Dez 2018 - 09h49Por Denise Luna

O mês de outubro registrou a primeira queda da atividade econômica no Brasil desde a greve dos caminhoneiros, recuando 0,3% na comparação com o mês anterior segundo apurou o Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, o PIB cresceu 1,7%, puxado principalmente pelo bom desempenho da agropecuária (12,6%).

Na comparação anual, também ajudaram o índice o setor de transportes (3,4%), serviços imobiliários (3,3%) e a extrativa mineral (3,0%). Na contramão do crescimento ficaram a construção (-0,6%), impostos (-0,4%) e serviços de informação (-0,2%).

O consumo das famílias ficou positivo em 1,6% no trimestre móvel terminado em outubro, puxado pela alta do consumo de serviços (2,0%) e de produtos duráveis (5,3%), com destaque para veículos.

"O consumo das famílias apresentou forte crescimento desde maio de 2017 até abril de 2018 sofrendo queda de maio de 2018 até julho quando voltou a se recuperar. Este resultado mostra claramente o impacto da greve dos caminhoneiros", explica a FGV em nota.

A Força Bruta de Capital Fico (FBCF) voltou a ter impacto pelo alto valor da importação de plataformas registrado no trimestre móvel terminado em agosto (66,8%), registrando elevação de 4,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2017. O componente máquinas e equipamentos nacionais cresceu 8,9% e os equipamentos importados tiveram expansão de 24,7%.

A exportação na média móvel trimestral terminada em outubro subiu 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para a venda externa de produtos da agropecuária (10,7%) e da indústria extrativa mineral (17,8%).

Os produtos industrializados apresentaram crescimento modesto de 0,7%, apesar das significativas retrações registradas na exportação dos bens de consumo não duráveis, de declínio de 9,2%, recuo de 6,0% em semiduráveis e retração de 22,1% em duráveis.

A importação também apresentou crescimento no trimestre terminado em outubro, com alta de 7,2% contra igual trimestre de 2017.

"Chama a atenção o desempenho positivo da importação de bens de capital (50,7%), de bens de consumo duráveis (35,9%) e de produtos da extrativa mineral (31,3%), sendo o crescimento deste último componente o maior desde o trimestre finalizado em outubro de 2013 (34,3%)", informou a FGV, ressaltando que os únicos componentes da importação que caíram neste trimestre foram os bens intermediários (-0,4%) e a importação de serviços (-0,7%).

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2018 até outubro, em valores correntes, alcançou a cifra estimada de R$ 5,630 trilhões, na comparação com R$ 5,196 trilhões registrado no acumulado até setembro.

Matérias Relacionadas

Economia

WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", diretor superintendente da WEG Energia alega sobreoferta no mercado de energia
WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal
Geral

BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix

Foram expostas informações cadastrais da Sumup Sociedade de Crédito
BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix
Economia

BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix

Dados protegidos por sigilo, como saldos e senhas, não foram afetados
BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix
Economia

Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro

Dos 26,2 mil novos empregos criados no estado, indústria foi responsável por 14,26 mil postos no primeiro mês do ano, segundo dados do CAGED. Saldo de vagas no Brasil no período atingiu 180,4 mil empregos.
Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro
Ver mais de Economia