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Economia

Programa Travessia é apresentado como estratégia para recuperação pós-coronavírus

O Comitê de Desenvolvimento Regional do Vale do Itapocu debateu assuntos estratégicos para o setor produtivo em encontro virtual nesta semana

26 Jun 2020 - 09h14Por Da Redação

O objetivo do comitê é discutir, levantar e priorizar pontos de interesse para os nove setores de destaque na economia da região: vestuário, energia, tecnologia da informação e comunicação, bens de capital e metalmecânica, indústria da construção civil, indústria do mobiliário, alimentos, química, borracha e plásticos, saúde e turismo.

 

O diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates apresentou o programa Travessia, idealizado pela entidade como proposta do setor produtivo ao enfrentamento da crise gerada pelo novo coronavírus, no pós-Covid-19. A iniciativa vai atuar em quatro frentes: reinvenção da indústria e da economia, investimento em infraestrutura, atração de capital e pacto institucional.

 

A iniciativa também foi apresentada nesta quarta-feira ao Governo do Estado, com o objetivo de promover uma travessia da crise, provocada pela pandemia, e que deve ter como consequência crises econômicas, de emprego, sociais e institucionais. Na primeira fase do projeto, a FIESC vai interagir com as diversas forças da sociedade, especialmente do meio empresarial, para buscar sugestões e aperfeiçoar o planejamento e as possíveis ações que podem ser implementadas.

 

Conforme o vice-presidente regional Célio Bayer, as demandas de formação profissional atuais e futuras relativas aos setores elencados pelo Conselho de Desenvolvimento Regional, os impactos causados pelas transformações tecnológicas e organizacionais e seus reflexos no desempenho profissional também foram assuntos do encontro, com apresentação do gerente executivo do SESI-SENAI do Vale do Itapocu e Planalto Norte, Jefferson Galdino.

 

O presidente da FIESC, Mário Cezar de Aguiar, também participou do encontro, juntamente com presidentes de associações empresarias e prefeitos dos municípios da região do Vale do itapocu.

 

“Nossa preocupação é dividir com o governo uma proposta para o pós-pandemia, para mitigar os efeitos da crise e fazer com que Santa Catarina possa sair mais rapidamente dessa situação. E sair fortalecida. Para isso, temos que nos reestruturar e encontrar mecanismos para integrar as entidades, governo e setor produtivo na busca de um caminho que seja convergente na solução dos desafios e na busca de oportunidades”, afirmou Mário Aguiar na apresentação ao Governo do Estado, lembrando que a FIESC está aberta para ouvir sugestões. “O espírito é trabalharmos em conjunto e termos um estado cada vez mais diferenciado. É uma união de forças. É uma proposta de Santa Catarina”, completou.

 

O diretor de inovação da FIESC, José Eduardo Fiates, ressalta que o programa Travessia envolve demandas do setor produtivo como um todo e já avançou no sentido de ter um programa mais amplo para contemplar uma parceria com o setor governamental. “Hoje estamos lançando a versão executiva do documento. É um documento aberto e o Observatório FIESC vai receber as sugestões. A ideia é construirmos um banco de projetos com propostas de empresas, empreendedores e municípios, por exemplo. Buscamos essa integração plena com o setor governamental. Unindo governo e o segmento empresarial nesse momento que temos que enfrentar os desafios da saúde e da economia, criando um conselho estratégico compartilhado”, explicou.

 

Fiates informou ainda que a FIESC tem conversado com empresas multinacionais e o Brasil, efetivamente, aparece na lista de opções não só de investimento, mas de fornecimento em relação à China. “O Brasil tem condições de ser essa alternativa”, afirmou. 

 

O que é o programa Travessia

 

O objetivo do programa é promover uma travessia da crise, provocada pela pandemia, e que deve ter como consequência crises econômicas, de emprego, sociais e institucionais. Na primeira fase do projeto, a FIESC vai interagir com as diversas forças da sociedade para buscar sugestões e aperfeiçoar o planejamento e as possíveis ações que podem ser implementadas.

 

Para elaborar o programa, a entidade fez uma ampla análise de estudos de consultorias internacionais que estão traçando cenários pós-coronavírus. Depois, comparou com países que tiveram uma situação dessa natureza no passado e criaram planos estruturantes, como o New Deal, dos Estados Unidos. A partir dessa análise, a Federação fez uma síntese daquilo que se adapta à realidade do Brasil e do estado e estruturou uma proposta que tem o objetivo central de posicionar Santa Catarina como referência em desenvolvimento e crescimento sustentável. Esse objetivo central é apoiado pelos quatro objetivos principais que são: a reindustrialização e o fortalecimento da indústria, a atração de capital, o desenvolvimento da infraestrutura e o pacto social e institucional.

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