ECONOMIA
PMI industrial cai de 52,8 em março para 51,5 em abril, diz IHS Markit
O Índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil caiu de 52,8 em março para 51,5 em abril, um recorde de baixa em seis meses, informou a IHS Markit nesta quinta-feira, 2. Mesmo com a queda, o índice se manteve acima do nível de 50 pontos, que representa avanço da atividade.
Entre os componentes do indicador, o volume de vendas mostrou a recuperação mais fraca desde julho de 2018, ainda que tenha crescido pelo décimo mês consecutivo. Da mesma forma, o ritmo de crescimento do volume de produção desacelerou, mas mantendo-se acima da média de 2018.
Também se verificou a mesma situação no nível de emprego, que teve o aumento mais fraco em quatro meses. Já os estoques de bens finais cresceram pelo terceiro mês consecutivo.
"O crescimento tênue dos volumes de novos pedidos e os desafios persistentes nos negócios criaram condições adversas para os fabricantes brasileiros no início do segundo trimestre. Esses retrocessos prejudicaram a capacidade das empresas de sustentar os aumentos sólidos nos níveis de empregos sinalizados no início do ano. A recuperação recente nas contratações foi, na melhor das hipóteses, marginal, tendo se atenuado e atingido o seu ponto mais fraco em 2019 até agora", disse a economista da IHS Markit, Pollyanna de Lima.
O enfraquecimento da moeda, por sua vez, exerceu pressão de alta sobre a inflação de insumos, mas a inflação dos preços de venda atenuou-se em comparação com março, contida pelas pressões competitivas, explicou a IHS Markit.
Quanto às expectativas para o futuro, os fabricantes esperam que inovações de produtos, melhores oportunidades para exportação e condições econômicas favoráveis venham a sustentar o crescimento da produção. Além disso, o grau de otimismo foi o segundo mais alto na história das séries, ficando atrás apenas do registrado no início do ano.