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Economia

Para FIESC, encontro entre Lula e Trump é avanço concreto para negociações

Reunião na Malásia mostra disposição efetiva dos dois países para evolução nas tratativas sobre as tarifas; suspensão da sobretaxa de 40% e inclusão de mais produtos na lista de exceção estão na mesa

27 Out 2025 - 10h03Por Janici Demetrio
Para FIESC, encontro entre Lula e Trump é avanço concreto para negociações - Crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República Crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) avalia que o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia é uma evolução e mostra disposição efetiva dos dois países para a negociação sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A Federação considera como positiva a reunião agendada entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e os negociadores brasileiros, prevista para a noite deste domingo em Kuala Lumpur (horário da Malásia) e prevê resultados concretos.

O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, afirma que a iniciativa reforça o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos em um ambiente de diálogo técnico, pautado por soluções que preservem a competitividade da indústria brasileira e o bom relacionamento comercial entre os dois países. O presidente da FIESC destacou ainda que o setor produtivo pediu a inclusão de mais produtos na lista de isenção de tarifas.

“A expectativa da indústria é que se possa dar continuidade às negociações com base em argumentos econômicos, setoriais e técnicos. A suspensão da sobretaxa de 40% imposta pelos EUA durante o período de negociação é uma das demandas que levamos ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em reunião em Brasília, Geraldo Alckmin”, lembrou Seleme. 

A FIESC tem subsidiado o Ministério e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) com informações estudos sobre os setores afetados pelo tarifaço e participado como uma interlocutora, junto com a CNI, com o setor privado norte-americano e também o Departamento de Comércio. A Federação industrial catarinense esteve na missão à Washington organizada pela CNI e tem participado de reuniões com o MDIC em diversas ocasiões.


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A CNI tem atuado de forma técnica e propositiva desde o início das negociações, defendendo o caminho do diálogo e apresentando propostas concretas em áreas de interesse comum, como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia.

Desde o anúncio da sobretaxa de 50% sobre exportações brasileiras, a FIESC tem acompanhado de perto os desdobramentos da medida e seus impactos regionais. Os dados mais recentes de emprego já mostram a redução de vagas em alguns setores, em especial o de madeira e móveis.

As tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre exportações de produtos brasileiros já afetam significativamente as vendas de Santa Catarina para o mercado norte-americano. Dados da balança comercial compilados pelo Observatório FIESC mostram que em setembro, as exportações para os EUA caíram 55% em relação a igual período do ano anterior, para US$ 78,7 milhões.

Estudo da FIESC considerando o cenário de queda de 30% das exportações para os EUA no período de 1 a 2 anos - mostra um recuo de R$ 1,2 bilhão no PIB de Santa Catarina. Entre os reflexos, estariam a perda de cerca de 20 mil empregos e de R$ 171,9 milhões na arrecadação de ICMS. Para minimizar os impactos negativos, a Federação lançou o programa desTarifaço, com ações de apoio e informação às empresas exportadoras do estado.

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