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ECONOMIA

Juros passam a subir com dólar em meio à cautela com Previdência

01 Mar 2019 - 11h14Por Silvana Rocha

Os juros futuros operam em alta, após terem iniciado a sessão desta sexta-feira, 1º de março, com viés de baixa. Essa inversão de lado está em linha com o desempenho do dólar ante o real.

Na véspera do fim de semana prolongado por causa do feriado de carnaval, na terça-feira, a reforma da Previdência segue no foco. No exterior, o clima é positivo nas bolsas e o dólar está misto ante seus pares principais e várias moedas emergentes ligadas a commodities em meio a expectativas positivas para as negociações comerciais em curso entre EUA e China.

Internamente, a inflação dá sinais de fortalecimento, mas por enquanto o mercado segue esperando majoritariamente que a Selic siga estável em 6,50% ao longo de 2019. A curva de juro a termo precificava na quinta-feira 97% de chance de manutenção da Selic na reunião do Copom de 20 de março e 3% de possibilidade de corte de 0,25 ponto porcentual, segundo cálculos da Quantitas Asset.

Mais cedo, foi divulgado que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,35% no fechamento de fevereiro, após alta de 0,29% na leitura anterior e expansão de 0,57% no resultado de janeiro, superando o teto das expectativas coletadas em pesquisa do Projeções Broadcast, que iam de 0,21% a 0,34%, com mediana de 0,27%. Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 4,38%.

Sobre a reforma da Previdência, a percepção é de que a proposta de economia de R$ 1,1 trilhão com os gastos previdenciários, prevista no texto da equipe econômica enviado ao Congresso, poderá ficar mais diluída do que o esperado inicialmente. Na quinta, o presidente Jair Bolsonaro, admitiu que poderá aceitar reduzir de 62 anos para 60 anos a idade mínima de aposentadoria das mulheres, mudar o benefício de assistência social para idosos miseráveis e as regras de pensão por morte.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou na quinta-feira que a aprovação da proposta do governo até junho, como esperado pela equipe do governo, "é possível", se o Executivo der sinais claros aos parlamentares de que governará de forma conjunta com o Legislativo. Maia alertou novamente que o governo precisa melhorar a comunicação para construir um ambiente "maior" que a reforma da Previdência.

O deputado disse ainda que o momento atual não é o melhor para tratar da reavaliação da carreira e da recomposição salarial dos militares, uma vez que essa não seria uma "boa sinalização" à sociedade. "Fazer isso junto, vai parecer o seguinte: você que está tirando de uns e está dando a outros. Fica um discurso meio desorganizado", disse, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews.

Às 9h59, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 subia a 7,17%, após ter caído à mínima em 7,14%, ante 7,15% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 avançava a 8,31%, após mínima em 8,24%, ante 8,25% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista estava em alta de 0,51%, a R$ 3,7727. Na mínima, após a abertura, a moeda americana caiu a R$ 3,7467 (-0,18%).

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