Economia

Jaraguá abriu mais de 2,6 mil empresas em 2020

Município saltou de 4.943 empresas em operação em 2019 para as atuais 6.715. Em sua maioria, micro e pequenas empresas, que respondem por 83,4% e 14,3%, respectivamente,

29 Jan 2021 - 19h51Por Da Redação
Jaraguá abriu mais de 2,6 mil empresas em 2020 - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Lockdown. A recém-incorporada expressão, muito utilizada durante a pandemia do novo coronavírus Covid-19, trouxe muita incerteza principalmente para o segmento empresarial. Com o confinamento social imposto pela doença, o receio de fechamento de empresas e de postos de trabalho assombra gestores públicos mundo à fora, mas em Jaraguá do Sul, o que era medo se transformou em oportunidade. Reflexo disso, são os números que mostram quanto o Município prosperou mesmo com a crise sanitária mundial.

Apesar de um quadro tão sombrio, a cidade registrou aumento no índice de abertura de empresas, maior inclusive que em 2019. No ano passado 2.640 novas empresas foram abertas enquanto no ano anterior esse índice foi de 2.540 um crescimento de 3,9%. Número que contrasta com o fechamento de empreendimentos, um índice negativo de -23,3%.

“Desde o começo da pandemia, eu disse que precisávamos ser eficientes em diferentes frentes. Na estruturação da saúde, na criação de um ambiente econômico favorável, na educação e na assistência social. A crise exigiu esforço extra e conseguimos, apesar de todas as dificuldades, vencer diversas barreiras. E que em 2021 essa resiliência e capacidade de superar nos traga resultados        ainda  melhores”, avaliou o prefeito Antídio Lunelli.

Dois programas municipais foram decisivos, especialmente que pequenos e microempreendedores jaraguaenses se mantivessem em atividade durante a crise sanitária Central do Empreendedor e Programa Juro Zero. O primeiro tinha como objetivo de propiciar mais agilidade aos processos de abertura de empresa em especial aos Pequenos e Microempreendedores individuais (MEIs) e demais membros da classe empresarial que vinham até a Prefeitura para encaminhar seu pedido de alvará de licença para poder iniciar sua atividade. Logo no primeiro mês de funcionamento, em abril de 2020, foram feitos 1.564 atendimentos, a maior parte (42.6%) por e-mail, mas também foram feitas consultas presenciais e por telefone.

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Outro momento importante neste trabalho foi a adoção do Programa Juro Zero. Feita em parceria com três grupos operadores de crédito - Acrevi, Banco do Empreendedor e Blusol – a iniciativa foi voltada aos ME e MEIs que buscavam o recurso de até R$ 5 mil os quais são devolvidos em dez parcelas iguais de R$ 500. Pagando as parcelas em dia o Município assume as duas últimas que são basicamente os encargos da operação. Com o Juro Zero foram atendidas 289 empresas com valor emprestado de R$ 1,2 milhão.

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Dinheiro que serviu em boa parte para a compra de uma ferramenta nova, para compra de insumos, matéria-prima. Mas principalmente, manter o negócio funcionando meio à pandemia. O esforço surtiu efeito. Foram fechadas 868 empresas no ano passado, número menor que em 2019 que foi de 1132 e quase no mesmo patamar de 2018 que registrou 845 fechamentos.

Jaraguá do Sul saltou de 4.943 empresas em operação em 2019 para as atuais 6.715 em sua maioria, micro e pequenas empresas, que respondem por 83,4% e 14,3%, respectivamente, segundo dados da própria Prefeitura e do Observatório Fiesc.

Menos burocracia – De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Daniel Gustavo Schmitz de Arruda, o cenário local é fruto de alguns fatores como a agilidade e desburocratização dos processos de abertura de empresas.

"O que já foi um empecilho, hoje é um diferencial, quando empresas podem ser abertas em 24, 48 horas em nossa cidade", afirmou.

A gestão da crise gerada pela pandemia também foi um diferencial na opinião de Arruda.

“Nos tornamos referência devido ao trabalho exercido pelo Comitê de Combate ao Coronavírus, que reúne membros da Saúde, Administração, empresários e sociedade. Entre outros fatores isto contribuiu para um ambiente econômico favorável, a continuidade de obras, credibilidade da administração e a perspectiva de crescimento para 2021. Com a chegada da vacina contra a Covid-19 esperamos o pleno restabelecimento das atividades econômicas.”

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