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ECONOMIA

Investidor absorve Campos Neto na CAE, mas juros fecham com viés de alta

26 Fev 2019 - 18h05Por Denise Abarca

Os juros futuros terminaram a sessão regular desta terça-feira, 26, perto dos ajustes anteriores, preservando um viés de alta nos contratos de longo prazo, que melhor refletem o risco fiscal. As taxas oscilaram entre margens estreitas durante todo o dia, ora estáveis ora com ligeiro avanço, com o mercado acompanhando a sabatina do economista Roberto Campos Neto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, evento que foi considerado "tranquilo" e sem grande impacto sobre as taxas.

O noticiário em torno da reforma da Previdência continuou sendo monitorado e o exterior, que teve como destaque a também sabatina do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos, ficou em segundo plano. Nos demais ativos, o dólar zerou a alta ante o real na última hora, ensaiando queda, influenciado pelo exterior.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou com taxa de 6,480%, de 6,460% no ajuste anterior e a do DI para janeiro de 2021 subiu de 7,081% para 7,13%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 8,23%, de 8,212% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2025 avançou de 8,732% para 8,76%.

A indicação de Campos Neto para presidir o Banco Central foi aprovada por unanimidade (26 a 0) na CAE e deve ser votada ainda nesta terça no plenário do Senado.

"Ele foi bem neutro no discursos e nas respostas e não trouxe impressão relevante o suficiente para mudar cabeça do mercado sobre a Selic", disse o trader de renda fixa da Quantitas Asset Matheus Gallina, para quem Campos Neto deve representar uma continuidade do que já se vinha fazendo na gestão Ilan Goldfajn.

Também foram aprovadas pela CAE as indicações de Bruno Serra Fernandes para Diretoria de Política Monetária e de João Manoel Pinho de Mello para Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução.

O desafio da articulação política do governo para fazer andar a reforma da Previdência segue no centro das atenções e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a fazer alertas nesta terça-feira. Durante evento em São Paulo, ele cobrou agilidade do governo na comunicação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Nova Previdência e disse que é preciso olhar o Parlamento "com cuidado", já que o teto para aprovar reformas é menor do que o conseguido pelo ex-presidente Michel Temer.

O mercado aguarda agora o resultado da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro com líderes de partidos da base aliada na Câmara para falar sobre a reforma, no fim da tarde.

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