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ECONOMIA

Ibovespa tenta se firmar em alta, mas cenário é de incerteza

07 Mar 2019 - 12h22Por Maria Regina Silva

O Ibovespa iniciou o dia em queda e logo passou a renovar mínimas, em meio ao quadro externo desfavorável. Entretanto, após a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxa de juros como era esperado e ter afirmado que pretende deixar o juro básico no nível atual até pelo menos o fim de 2019, o índice passou a rondar o campo positivo, em sintonia com os futuros de Nova York. Já a maioria das bolsas europeias diminuiu as perdas, enquanto Paris e Alemanha subiam.

Entretanto, em meio a entrevista coletiva que acontece esta manhã do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que reduziu as expectativas para o crescimento econômico da zona do euro e também para a inflação, a instabilidade passou a marcar os negócios lá fora e aqui. Às 11h05, o Ibovespa subia 0,24%, aos 94.440,45 pontos.

No exterior, além das incertezas com relação ao arrefecimento econômico mundial, prosseguem as dúvidas com os acordos comerciais entre EUA e China. Além da ausência de avanço no diálogo comercial entre os dois países, ainda há reviravoltas no processo de saída do Reino Unido da União Europeia trazem desconforto aos investidores. Apesar de informações do próprio presidente norte-americano, Donald Trump, de que as negociações com Pequim estão evoluindo, ainda não há nenhuma confirmação oficial.

Em meio a esse impasse, a Huawei entrou com uma ação em uma corte do Texas para desafiar a lei americana que rotula a gigante chinesa como um risco de segurança e que limita o acesso da empresa ao mercado de equipamentos de telecomunicações dos EUA.

"Não dá para ter esperança de alta firme hoje do Ibovespa. Talvez nem mesmo a valorização do petróleo tenda a ajudar. Lá fora está muito pesado", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.

De acordo com a MCM Consultores, os ativos de risco apresentam comportamento distinto, com os investidores ainda inseguros com o cenário de crescimento global. No Brasil, destaca a consultoria, as incertezas com a capacidade política do governo para mobilizar a maioria necessária para a aprovação da reforma da Previdência Social devem continuar com impactos negativos nos mercados.

De acordo com levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, foram contabilizadas 515 mensagens publicadas pelo presidente Jair Bolsonaro desde 1º de janeiro. O principal conteúdo é o de agradecimento e saudação a aliados (95 tuítes). Depois, vêm textos com teor ideológico em que o presidente critica o globalismo, a suposta partidarização da educação e ações dos governos petistas e da esquerda. São 51 mensagens com esse tom. Ou seja, nada de mencionar a reforma da Previdência.

"Por aqui, não tem novidades, e o que surge são notícias ruins, como essa das postagens do presidente. Ele deveria deixar essas polêmicas e trabalhar em prol do Brasil. Quem votou nele, sabe o que ele defende. Se não conseguir votos para aprovar a reforma da Previdência, o país afunda", afirma um operador de renda variável.

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