ECONOMIA

Ibovespa fecha em queda de 1,14%, com Previdência e Fed no radar

20 Fev 2019 - 19h36Por Eulina Oliveira

O Ibovespa iniciou o pregão desta quarta-feira, 20, em alta e quase chegou a superar a máxima histórica, em meio ao otimismo em relação ao texto da reforma da Previdência que foi entregue ao Congresso, considerada bastante robusta, com impacto total de R$ 1,164 trilhão em dez anos. Porém, ainda pela manhã o índice passou a operar com volatilidade e já reta final do pregão batia mínimas, sob o impacto também da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que alertou que os riscos para a economia global aumentaram. Segundo profissionais do mercado, investidores aproveitaram para realizar lucros recentes.

O índice doméstico fechou em queda de 1,14% pontos, aos 96.544,81 pontos, na mínima do pregão. O giro financeiro foi de R$ 17,5 bilhões. Na máxima intraday, chegou aos 98.543,68 pontos (+0,90%), perto da máxima histórica de 98.588,64 pontos, alcançada no último dia 4 de fevereiro.

"O texto da reforma da Previdência veio dentro do esperado pelo mercado, que agora opta pela cautela, colocando na balança o quanto dessa proposta deve ser aprovado, enquanto o governo ainda não conseguiu formar uma base no Congresso", comenta Victor Cândido, economista-chefe da Guide Investimentos.

"Uma vez apresentada a reforma da Previdência, devemos ver agora uma acomodação de preços na bolsa, que deve andar mais de lado", avalia Raphael Figueredo, sócio e analista da Eleven Financial. "O foco agora estará na capacidade do governo de comunicar o bom conteúdo da proposta para a sociedade e o Congresso, mas ela deve sofrer desidratação em alguns dos pontos", acrescenta.

Apesar de as bolsas em Nova York terem voltado ao campo positivo depois de terem renovado mínimas em reação à divulgação da ata do Federal Reserve, o Ibovespa firmou-se no campo negativo. Segundo analistas, pesou no mercado local a indicação dos dirigentes do Fed de que os riscos à economia mundial aumentaram, citando a desaceleração na China e na Europa, o Brexit, o aperto das condições financeiras e a rapidez na perda de força dos estímulos fiscais nos Estados Unidos. A paralisação parcial do governo americano (shutdown) também foi citada no documento como um fator negativo para o crescimento econômico.

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