feirão de empregos
ECONOMIA

Governo não dará mais benefícios a empresários, afirma nº2 da Economia

07 Mai 2019 - 12h02Por Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes

A equipe econômica não vai recorrer ao mesmo receituário de medidas de estímulo à economia adotado em governos anteriores, disse o secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, ao 'Estadão/Broadcast'. Segundo ele, pacotes com incentivos, subsídios à custa da União e proteção a determinados setores não serão adotados. A nova diretriz, afirmou, é apostar no aumento da competitividade para impulsionar o crescimento.

Mesmo com as projeções para o crescimento do PIB em queda e o aumento na cobrança de empresários por uma agenda que vá além da reforma da Previdência, o número dois da Economia disse que a fórmula adotada no passado se esgotou. "É um novo mundo. A gente não tem dinheiro para gastar, mais benefício para dar", afirmou em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo.

Embora a reforma seja considerada essencial, Guaranys afirma que todos os sete "vice-ministros" - como ele chama os secretários especiais - preparam medidas para desburocratizar e liberalizar a economia de forma gradual. Um dos objetivos é melhorar a competitividade do País, que hoje está na 80.ª posição entre 187 países no índice do Fórum Econômico Mundial que mede esse quesito.

Para o secretário, o Brasil tem esse desempenho ruim porque impõe um excesso de regulação sobre os setores, aumentando os custos de produção, e gasta mal os recursos públicos, sem avaliar a efetividade das despesas. Um cenário que o governo pretende reverter aos poucos.

Além do Congresso. A equipe econômica já conta com alguns projetos tramitando no Legislativo. Além da reforma, uma série de medidas provisórias para consolidar a reformulação dos ministérios, combater fraudes na Previdência, facilitar a entrada do setor privado na área de saneamento e permitir o capital estrangeiro nas empresas aéreas. Por isso, o cálculo agora, diz o secretário, é adotar o máximo de medidas que não dependam dos parlamentares. "Eu tenho de avaliar o que vale a pena jogar para o Congresso ao mesmo tempo que eu estou jogando a Previdência", explica.

Muitas das medidas passam pela articulação com os setores. Ele cita como exemplo o programa Pró-mercados, desenvolvido pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), com o objetivo de reduzir barreiras que dificultam a competição entre empresas.

"Só que uma barreira de concorrência não necessariamente está dentro da alçada da Secretaria. É sempre convencer alguém a fazer alguma coisa. O mercado de gás, por exemplo. Não temos a caneta para ir lá e abrir. A gente tem de articular com as outras pastas para buscar as medidas", afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Matérias Relacionadas

Geral

Estrutura para o 3º Feirão de Empregos já está organizada

A Arena Jaraguá já está preparada para receber a população. Além de mais de 3.200 vagas de trabalho e cursos gratuitos, haverá vários serviços disponibilizados pelas Secretarias de Saúde, Educação, Social e entidades parceiras
Estrutura para o 3º Feirão de Empregos já está organizada
Economia

FIESC prevê alta de 3,86% para setor de borracha e plásticos em SC

Selic em alta deve restringir avanço; nível de renda das famílias e ciclo da construção civil minimizam impacto da alta dos juros
FIESC prevê alta de 3,86% para setor de borracha e plásticos em SC
Economia

Entidades Empresariais e poder público se unem para manter empregabilidade alta em Jaraguá do Sul

Em sua terceira edição, neste sábado (15), o Feirão de Empregos é uma das estratégias da união de forças para que o município se mantenha entre os principais geradores de oportunidades
Entidades Empresariais e poder público se unem para manter empregabilidade alta em Jaraguá do Sul
Economia

SC lidera expansão da indústria no país em 2024

Produção industrial medida pelo IBGE aponta avanço de 7,7% no ano passado; no Brasil, o crescimento foi de 3,1% no período
SC lidera expansão da indústria no país em 2024
Ver mais de Economia