ECONOMIA

Gasolina sobe 3,29% no IPCA-15 de maio e gera maior impacto individual no índice

24 Mai 2019 - 12h05Por Vinicius Neder

A gasolina segue como vilã da inflação, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de maio, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isoladamente, a gasolina foi o item com maior impacto de alta no índice, com 0,14 ponto porcentual (p.p.), após os preços médios dos combustíveis avançarem 3,29%.

Com isso, o subgrupo "Combustíveis" avançou 3,30% no IPCA-15 de maio. Para isso, contribuiu a alta de 4,00% no etanol (0,04 p.p. de impacto positivo no índice cheio, que foi de 0,35%).

O grupo Transportes foi destaque de alta ainda porque o item "ônibus urbanos" subiu 0,54%. Segundo o IBGE, houve reajustes de 8,11% (desde 2 de abril) em Salvador (4,74%), e de 7,50% (desde 19 de abril) em Goiânia (6,25%).

O ônibus intermunicipal avançou 0,33% no IPCA-15 de maio, na esteira dos reajustes entre 3,30% e 7,50% em Salvador (2,05%), em vigor desde 6 de maio.

Já o item metrô subiu 1,02%, diante do reajuste de 6,98% na tarifa no Rio de Janeiro (4,07%) a partir de 2 de abril.

Ainda nos preços administrados, a conta de luz e o gás de botijão foram destaques no grupo Habitação, que avançou 0,55% no IPCA-15 de maio. O item energia elétrica subiu 0,72% em maio, acima do registrado em abril (0,58%).

O IBGE lembrou, em nota, que a bandeira tarifária amarela, em vigor desde 1º de maio, inclui a cobrança adicional de R$ 0,01 por kWh consumido.

O gás de botijão subiu 0,89%, após a Petrobras reajustar o preço em 3,43% nas refinarias, a partir de 5 de maio. Na contramão, o gás encanado recuou 0,37%, reflexo, segundo o IBGE, da redução média de 1,40% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,71%), desde 1º de maio.

Ainda no grupo Habitação, houve alta de 0,43% na taxa de água e esgoto. Conforme o IBGE, houve reajustes de 4,72% em São Paulo (0,73%), em vigor desde 11 de maio; de 2,99% em Brasília (1,69%), desde 1º de abril e de 15,86% em Fortaleza (4,07%), a partir de 24 de março.

Passagem aérea na outra ponta

O maior impacto negativo no IPCA-15 de maio, contribuindo para a desaceleração ante abril, veio do item passagens aéreas, com deflação de 21,78%.

Sozinho, o item tirou 0,09 ponto porcentual do índice cheio. Com isso, evitou uma inflação maior no grupo Transportes, que avançou 0,65%, com impacto de 0,12 p.p. no IPCA-15 de maio - maior impacto de alta, ao lado do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, também com 0,12 p.p.

Matérias Relacionadas

Economia

WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", diretor superintendente da WEG Energia alega sobreoferta no mercado de energia
WEG irá interromper produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, diz jornal
Geral

BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix

Foram expostas informações cadastrais da Sumup Sociedade de Crédito
BC comunica vazamento de dados de 87 mil chaves Pix
Economia

BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix

Dados protegidos por sigilo, como saldos e senhas, não foram afetados
BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix
Economia

Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro

Dos 26,2 mil novos empregos criados no estado, indústria foi responsável por 14,26 mil postos no primeiro mês do ano, segundo dados do CAGED. Saldo de vagas no Brasil no período atingiu 180,4 mil empregos.
Indústria puxa geração de novas vagas de trabalho em SC em janeiro
Ver mais de Economia