dengue
ECONOMIA

Fibria multiplica lucro da Votorantim

18 Mai 2019 - 10h09Por Mônica Scaramuzzo

Turbinado pela conclusão da venda da gigante de celulose Fibria para a Suzano, o lucro do grupo Votorantim atingiu R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre, valor 29 vezes superior ao do mesmo período de 2018 (R$ 150 milhões).

A receita líquida do conglomerado, que tem negócios nas áreas de cimento, energia, metais, suco de laranja e banco, totalizou R$ 6,7 bilhões de janeiro a março, com crescimento de 5% sobre o primeiro trimestre de 2018. "Os três primeiros meses do ano são sempre desafiadores para o grupo, sobretudo nas áreas de cimento e alumínio", diz Sérgio Malacrida, diretor financeiro e relações com investidores da Votorantim SA.

Este ano, porém, essas duas divisões venderam mais. Com a desvalorização do real impactando as operações no exterior e o reconhecimento de créditos tributários referentes ao ICMS, o desempenho do grupo melhorou de maneira geral.

Com mais dinheiro em caixa - o grupo da família Ermírio de Moraes levantou R$ 8,2 bilhões em janeiro com a venda da empresa de celulose -, o conglomerado destinou pouco mais da metade dos recursos para melhorar o perfil de sua dívida. Só na divisão de cimento, o grupo injetou R$ 2 bilhões. O endividamento bruto no fim de março estava em R$ 20,3 bilhões, 17% menor do que em dezembro.

A reorganização dos negócios reflete um movimento do grupo para se tornar uma gestora de negócios e reduzir sua dependência da economia brasileira. Eduardo Vassimon, ex-presidente do Itaú BBA, assumiu neste mês a presidência do conselho de administração do grupo, no lugar de Raul Calfat.

Novos passos

Além da venda da Fibria, no ano passado o grupo arrematou o controle da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), em parceria com o fundo de pensão canadense CPPIB.

De acordo com Malacrida, o Votorantim ganhou mais fôlego para olhar novos investimentos dentro e fora do Brasil. O setor de energia e concessões em infraestrutura estão no radar do conglomerado. A companhia também não descarta firmar sociedade com investidores em futuros negócios - o movimento mais recente foi a joint venture com o fundo canadense. "Somos ótimos sócios", afirma ele, referindo-se à outras parcerias da família Ermírio de Moraes, como na Citrosuco com a família Fischer e no banco Votorantim, com o Banco do Brasil.

Para este ano, o grupo planeja investir cerca de R$ 3,5 bilhões. Boa parte desses recursos será destinado para a modernização de unidades de cimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Matérias Relacionadas

Economia

Beneficiários do INSS começam a receber o 13º a partir de quarta-feira

Antecipação da primeira parcela será paga junto com benefício de abril
Beneficiários do INSS começam a receber o 13º a partir de quarta-feira
Economia

Semana começa com várias vagas de trabalho disponíveis, em Jaraguá

Por meio da plataforma Jaraguá Mais Empregos, o interessado pode verificar as oportunidades de trabalho, fazer o cadastro e se inscrever em cursos de qualificação profissional
Semana começa com várias vagas de trabalho disponíveis, em Jaraguá
Economia

Renda dos 10% mais ricos é 14,4 vezes superior à dos 40% mais pobres

Diferença entre rendimentos é a menor já registrada, mostra IBGE
Renda dos 10% mais ricos é 14,4 vezes superior à dos 40% mais pobres
Economia

Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023

Valor é o maior já apurado no país pelo IBGE desde 2012
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023
Ver mais de Economia