ECONOMIA
Exterior ruim contamina Ibovespa, que cai quase 1,5% e aquém dos 94 mil pontos
O Ibovespa abriu em queda moderada nesta sexta-feira, 10, e intensificou o ritmo de queda à medida que as bolsas em Nova York pioraram, perdendo os 94 mil pontos, diante de temores relacionados às negociações comerciais entre EUA e China. Aqui, conforme operadores, o noticiário corporativo também não ajuda, destacando, por exemplo, os prejuízos apresentados pela Vale e pela Suzano no primeiro trimestre.
Às 12h01, o Ibovespa cedia 1,45%, aos 93.436,42 pontos.
As bolsas de Nova York atingiram mínimas há pouco e recuam perto de 1,5% (caso do Nasdaq e do S&P), diante da cautela com as negociações comerciais entre o governo norte-americano e o de Pequim, após os EUA elevarem mais cedo tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos do país asiático e o presidente Donald Trump ameaçar impor em breve mais tarifas.
"A queda do Ibovespa reflete o exterior, não somente pelo aumento das tarifas, mas ainda mais por causa da preocupação com relação a um acordo entre os dois países que pode demorar ou nem mesmo acontecer", diz Jefferson Laatus, trader e sócio fundador do Grupo Laatus.
Na Bolsa brasileira, as perdas são praticamente generalizadas, com destaque para o recuo de mais de 5,00% das ações ON da Suzano.
A companhia reportou prejuízo líquido pró-forma (incluindo as operações da Fibria) de R$ 1,229 bilhão no primeiro trimestre de 2019. Com o resultado, a empresa reverteu lucro de R$ 1,4 bilhão registrado um ano antes e de R$ 2,987 bilhões do quarto trimestre de 2018.
Já os papéis ON da Vale cediam 0,37%, após a informação de prejuízo de US$ 1,642 bilhão no primeiro trimestre, após lucro no trimestre anterior.