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ECONOMIA

'Estamos trabalhando', diz ministro de Minas e Energia, questionado sobre diesel

15 Abr 2019 - 13h12Por Denise Luna

A reunião entre o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e agentes do setor nesta segunda-feira, 15, no Rio de Janeiro, tratou, entre outros assuntos, do esforço para criar um mercado de gás natural no País, informou o diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) e ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, que também participou da reunião e foi o único a falar com a imprensa.

Já o ministro, assim como fez na entrada, não quis fazer declarações. Ele saiu apressado do prédio da Eletrobras, no Centro do Rio, onde montou o seu gabinete, para embarcar para Brasília, onde, segundo ele, terá reuniões. Ao ser perguntado sobre a intervenção nos preços da Petrobras, que aumentou o preço do diesel e voltou atrás no mesmo dia após telefonema do presidente Jair Bolsonaro, o ministro se limitou a dizer "estamos trabalhando", sem explicar ao que se referia.

Segundo Langoni, o ministro estava tranquilo durante a reunião e o assunto da intervenção no preço do óleo diesel não entrou em pauta. Também estiveram reunidos o secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, um dos maiores defensores da liberdade de mercado, mas que também evitaram falar com a imprensa sobre a mudança de rumo na estatal.

"Apenas discutimos a proposta do Ministério de Minas e Energia, que é o novo mercado de gás, ideias genéricas para viabilizar esse mercado. Estamos falando aqui de criar condições para essa grande quantidade de gás natural que está aí", disse Langoni ao sair da reunião, referindo-se do aumento da produção de gás natural associado aos grandes volumes de petróleo que estão sendo produzidos no pré-sal do Brasil.

Se não tiver uso, o gás natural tem que ser reinjetado ou queimado, sendo que, no segundo caso, há um limite estipulado por lei. Perguntado se o assunto da Petrobras foi mencionado, Langoni preferiu não comentar: "Prefiro não comentar, estou fora dessa agenda, estou preocupado apenas em colaborar na questão do gás", afirmou.

Em nota na primeira pessoa do presidente da empresa, Roberto Castello Branco, na sexta-feira, a Petrobras informou que a decisão de recuar no aumento de preços foi tomada após Bolsonaro telefonar para ele alertando para "os riscos" do aumento.

"Reitero que a Petrobras é uma empresa completamente autônoma para a tomada de decisões, coerente com seus fins institucionais e que sempre buscará a defesa do interesse dos seus acionistas e do Brasil", disse o presidente da Petrobras na nota.

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