Economia
Empresas da microrregião criam quase 350 postos de trabalho em agosto
Dois municípios do Vale do Itapocu têm saldos negativos no último levantamento do Caged
Dados divulgados pelo Painel de Informações do Novo Castrado Geral de Empregados e Desempregados mostra que as empresas de Santa Catarina geraram 7.641 mil novos postos formais de trabalho na economia em agosto. Segundo a Federação das Indústrias do estado, o desempenho é resultado da geração de 3.814 vagas no setor de serviços, 3.214 na indústria e 1.182 no comércio. Já a agropecuária apresentou saldo negativo de 569 empregos no mês. No acumulado do ano até agosto, o estado criou 115,8 mil postos e a indústria liderou a geração de oportunidades, com 54,5 mil novos empregos.
Confira o desempenho dos sete municípios que compõem a região do Vale do Itapocu:
Em Jaraguá do Sul, o saldo do cadastro ficou positivo, com a geração de 169 novos postos de trabalho com carteira assinada. Houve no período 3.327 contratações e 3.158 demissões. Neste ano, o desempenho de agosto só não foi pior de abril – quando foram criadas 67 vagas – e de maio, quando foram criados 108 novos postos de trabalho. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Jaraguá do Sul, Thiago Sarmanho, avalia que neste ano, o município vem se destacando num forte incremento nos empregos na área de construção civil. “Em agosto, chegamos a 2.865 empregos formais neste segmento, um crescimento de mais de 25% em relação a 2023”, explica Sarmanho. “Natural e historicamente, neste último trimestre crescem os empregos no comércio, e se estabiliza o crescimento no segmento industrial, setor o qual lidera os empregos formais em nosso município com 38.045 empregos formais”, conclui.
A geração de empregos em Corupá também teve mais contratações do que demissões em agosto. Foram 59 novas vagas, com o melhor resultado mensal desde março, quando 70 empregos formais foram criados. Abril teve 54; maio teve o fechamento de 20 vagas, junho e julho somaram 52 novos postos de trabalho.
No município de Barra Velha, as empresas mais contrataram do que demitiram em agosto, gerando 45 novos empregos. Em 2024, apenas em março houve saldo negativo, quando foram extintos 22 postos de trabalho.
São João do Itaperiú teve o melhor resultado deste ano, com a abertura de 38 vagas de empregos novas com carteira assinada. Foram 132 contratações contra 94 demissões.
As empresas de Guaramirim criaram 30 postos de trabalho no mês de agosto. O saldo, apesar de positivo, é o segundo pior de 2024, ficando atrás somente de abril, quando foram extintas 32 vagas com carteira assinada.
Massaranduba tem uma sequência de três meses onde o saldo de empregos é negativo, ou seja, o número de vagas de trabalho fechadas é maior do que o de novas oportunidades. Em agosto, foram 230 contratações contra 233 demissões. O último resultado positivo foi em maio, quando 47 empregos com carteira assinada foram criados.
Em Schroeder, o saldo do cadastro de empregos e desempregados foi negativo no mês de agosto. Os dados do Caged mostram que 229 pessoas foram contratadas e 255 demitidas no mês, com 26 postos de trabalho extintos. É o primeiro mês com saldo negativo neste ano de 2024.
Setores que mais geraram oportunidades
Dentre os principais segmentos da indústria, a construção liderou a criação de empregos, com saldo positivo de 696 vagas em agosto. Nesse segmento, destaque para os serviços especializados, como preparação de terrenos, instalações elétricas e hidráulicas, e acabamentos, como impermeabilização de pisos e paredes e instalação de portas e janelas. De acordo com análise do Observatório FIESC, esse desempenho pode ser atribuído, em parte, à queda nos preços de insumos dessas atividades, como tintas e materiais hidráulicos.
No ranking dos setores industriais, o de máquinas e equipamentos se destacou na segunda posição, com 450 novas vagas. Para o economista do Observatório FIESC, Andrei Machado, o segmento tem se beneficiado de condições financeiras menos restritivas no primeiro semestre e da demanda internacional aquecida. Entre as atividades desse ramo com maior saldo de empregos, destaque para a fabricação de motores, bombas, compressores, equipamentos de transmissão, além da manutenção e reparação de máquinas.
Em seguida, a indústria de produtos químicos e plásticos teve a terceira maior abertura de empregos na indústria estadual, com 376. Nesse ramo, o Observatório FIESC destaca a fabricação de produtos plásticos com aplicações diversas, desde produtos para atender o setor automotivo a peças para eletrodomésticos de linha branca.
Consumo das famílias
O mercado formal de trabalho também foi impulsionado pelo aumento do consumo das famílias, sustentado pela manutenção da renda em patamares elevados. Esse movimento refletiu no bom desempenho da indústria de equipamentos elétricos, que gerou 308 vagas em agosto.
Entre as atividades, destaque para o saldo de 231 empregos na fabricação de eletrodomésticos, como fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar. Essa dinâmica também contribuiu para a fabricação de móveis no estado, que teve resultado positivo, com 192 postos de trabalho.
Acumulado do ano
Dentre as mais de 54,5 mil oportunidades de trabalho geradas pela indústria no ano, destaque para o setor têxtil, de confecção, couro e calçados, que ocupou a segunda colocação na indústria catarinense. “O segmento gerou 9 mil vagas, impulsionado pelo consumo das famílias que permanece aquecido, promovendo a demanda por bens de consumo, como a confecção de peças do vestuário e a fabricação de produtos de cama, mesa e banho”, ressalta o economista Andrei Machado. A construção lidera a criação de vagas no ano, com quase 13 mil empregos criados de janeiro a agosto.
* com informações da Fiesc
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