feirão de empregos
ECONOMIA

'É um erro tirar estados e municípios da reforma', diz secretário de Previdência

27 Abr 2019 - 13h00Por Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes

O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, diz que os governadores e prefeitos terão ônus para aprovar alíquotas extras de servidores e equilibrar a Previdência, ao contrário da percepção do Congresso de que todo o desgaste da reforma ficará com eles. Para não arcarem com esse custo, deputados ameaçam tirar Estados e municípios da proposta.

Por que é importante manter na reforma as regras para Estados e municípios?

É fundamental que seja mantido. Seria um erro retirar. A Constituição determina que os regimes próprios sejam equilibrados financeiramente. Não faz sentido o servidor público da União ter uma regra diferente dos servidores dos Estados e municípios. Se os Estados e municípios não tiverem a Previdência equacionada, o País não desenrola. Não estamos em países separados. Não adianta. A União teria de socorrê-los.

O movimento de retirada da PEC está crescendo?

Está sim. Na outra PEC, eles também tiveram esse movimento. O que eles alegam é que os deputados estaduais e vereadores ficam fazendo média. Os prefeitos e governadores vão ter que entrar no Congresso e mostrar para os parlamentares que precisam disso. Temos falado para eles que precisam atuar.

O governo pode dar seis meses para os Estados e municípios fazerem regras próprias?

A PEC já está dando um prazo para o custeio (com as alíquotas extras). É uma regra muito mais dura do que aquela da PEC anterior (do governo Temer), que permitia que o ente passasse a ter regras mais benevolentes do que a União. Não criava a obrigação. Se o ente não fizesse nada, ficava valendo a regra da União. Acho que os deputados não entenderam. Estamos sendo muito mais duros. Eles agora vão ter a obrigação de aprovar uma lei. É um ônus para governadores e prefeitos.

O que acontece se as alíquotas extraordinárias não forem aprovadas em seis meses por Estados e municípios com déficit?

Eles não vão poder receber um centavo da União em transferências voluntárias nem receber empréstimo internacional. Essas transferências são muito importantes para eles, e os empréstimos internacionais, mais ainda.

E as alíquotas progressivas?

Não vi ninguém criticando isso, não. É uma medida para garantir o equilíbrio. A Constituição Federal já exige que os regimes sejam equilibrados por meio de contribuições, mas não dá os instrumentos. Agora a gente está colocando.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Matérias Relacionadas

Economia

Mega da Virada 2024: recordes e curiosidades sobre a loteria mais popular do Brasil

Mega da Virada 2024: recordes e curiosidades sobre a loteria mais popular do Brasil
Mega da Virada 2024: recordes e curiosidades sobre a loteria mais popular do Brasil
Economia

Porto de São Francisco do Sul alcança o melhor resultado da história

O resultado superou o melhor desempenho da história do terminal, que foi em 2023
Porto de São Francisco do Sul alcança o melhor resultado da história
Esportes

Criciúma se despede da Copinha após ser eliminado pelo São Paulo

Com essa campanha, o Criciúma se tornou um dos quatro clubes de Santa Catarina a alcançar a semifinal da Copinha, juntando-se a Joinville (1988), Figueirense (2008) e Avaí (2009) nesse seleto grupo
Criciúma se despede da Copinha após ser eliminado pelo São Paulo
Economia

Números do Terceiro Feirão de Empregos de Jaraguá do Sul devem superar edições anteriores

Ação ocorre no dia 15 de fevereiro, das 8h às 15h, na Arena Jaraguá
Números do Terceiro Feirão de Empregos de Jaraguá do Sul devem superar edições anteriores
Ver mais de Economia