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ECONOMIA

Dólar sobe com saída de capital de fundo estrangeiro, após abrir em queda

15 Mar 2019 - 11h53Por Silvana Rocha

O dólar abriu em baixa, mas virou para o lado positivo e registrou máximas na manhã desta sexta-feira, 15. O operador Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti, diz que a alta é decorrente de uma saída grande de capital do País, que seria de um fundo estrangeiro.

Pouco antes do fechamento deste texto, o dólar no mercado à vista registrou máxima em R$ 3,8722 (+0,61%) no balcão, enquanto o dólar futuro para abril atingiu máxima em R$ 3,8745 (+0,74%). As mínimas, até o momento, ficaram em R$ 3,8387 (-0,27%) e R$ 3,8385 (-0,20%), respectivamente.

Segundo Rugik, esse fluxo de saída ampara o descolamento interno da queda do dólar predominante no exterior. Entre os possíveis motivos desse fluxo negativo, ele menciona o possível desconforto com o cenário de inflação pressionada (IGP-10) e atividade muito fraca (setor de serviços), que levanta a possibilidade de um cenário de estagflação, e diante das dificuldades na aprovação da reforma da previdência, que parece que não caminha.

Divulgado antes da abertura dos mercados, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,40% em março, após ter aumentado 0,40% em fevereiro, acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,80% e 1,39%, com mediana positiva de 1,23%.

Já os dados do setor de serviços vieram abaixo da mediana das expectativas do mercado. O volume de serviços prestados encolheu 0,3% em janeiro de 2019 ante dezembro de 2018, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,40% a um avanço de 0,70%, com mediana positiva de 0,20%.

Em relação à Previdência, incomoda a percepção de falta de articulação política do governo no Congresso para aprovar a proposta. Num momento em que o governo deve se esforçar para a aprovação da matéria, cuja tramitação começou esta semana com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro sequer mencionou a reforma na quinta-feira, 14, em transmissão ao vivo no Facebook.

Além disso, oito governadores do Nordeste, à exceção de Renan Filho (MDB), de Alagoas, reforçaram em carta críticas contra a PEC da Previdência durante encontro em São Luís, também na quinta-feira.

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