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Economia

Decisão sobre liberações de atividades ainda sob restrição será tomada por municípios

Declaração foi dada pelo governador Carlos Moisés da Silva em reunião com lideraças municipais em Joinville

28 Mai 2020 - 08h55Por Da Redação

O governador Carlos Moisés disse nesta quarta-feira (27), ao participar de reunião com prefeitos e lideranças empresariais da região Norte que a liberação de atividades que ainda se encontram sob restrição em função da pandemia de coronavírus será tomada pelos municípios, com base nos indicadores epidemiológicos.

 

Na reunião realizada na Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), Carlos Moisés falou do esforço do Governo do Estado no enfrentamento da Covid-19 e assinalou que, além da preservação de vidas, há a preocupação com o impacto das medidas de isolamento sobre a economia catarinense. O governador falou da gestão de leitos de UTI, que passam a ter como base os indicadores por macrorregião, e assinalou que uma nova ferramenta de controle orientará todas as decisões, compartilhando as ações do colegiado estadual com as dos municípios.

 

Com isto, dependendo da condição de cada cidade quanto ao número de contágios pelo vírus e da estruturação que os municípios dispõem para tratar pacientes e na contenção à doença, os prefeitos tomarão as decisões quanto à liberação de atividades como o transporte público, funcionamento de escolas e centros de educação infantis, e de eventos onde haja a presença de público.

 

Esta metodologia está sendo repassada aos gestores municipais de saúde e deverá ser ativada a partir de segunda-feira, dia 1o de junho. A ferramenta contém dados de contágio, taxa de transmissibilidade, número de óbitos, mas também leva em consideração a disponibilidade de leitos, o tipo de curva que se apresenta e outros dados. Com isso, são feitas leituras diárias baseadas nos sete dias anteriores e os 14 dias seguintes para fazer uma projeção a partir desses números.

 

Com isso, cada região do Estado poderá ter uma gestão dissociada do todo, não há mais um decreto estadual e cada município poderá avaliar os números para saber se é seguro a volta das atividades que foram restringidas a partir das decisões tomadas pelo governo em março, quando Santa Catarina passou a adotar medidas contra a Covid-19.

 

Para o presidente da ACIJS e do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, Luis Hufenüssler Leigue, que participou do encontro, a vinda do governador a Joinville para uma reunião com lideranças regionais é simbólica. Avalia que este foi um movimento importante do governo, principalmente no sentido de estabelecer uma reaproximação com a iniciativa privada. "Foi um passo ainda tímido, porque não foi possível termos uma conversa mais estruturada e com mais tempo, até por conta da agenda que o governador ainda tinha a cumprir, mas não deixa de ser um avanço, embora nos deixe a certeza de que é preciso continuar trabalhando nesta interlocução com o Governo do Estado".

 

Nesta direção, Leigue assinala que outras iniciativas importantes, de deputados e da parte das entidades organizadas, além do próprio governo, mostram avanços, ressaltando que esta aproximação precisa se traduzir em trocas de experiências de fato. "O governo deve buscar conversar mais com as federações e com as empresas, justamente para entender e como pode ser feita a flexibilização de restrições, preservando os protocolos de segurança e saúde nas cidades na sequência do enfrentamento à Covid, ao mesmo tempo considerando as outras questões que são inerentes ao estado como a retomada da economia, o desenvolvimento econômico e a infraestrutura".

 

O presidente da ACIJS cita como exemplo a questão da BR-280, que vem seguindo com obras, inclusive no trecho estadual, mas que ainda apresenta demandas a serem resolvidas. É o caso das obras de arte, como elevados e viadutos no trecho entre Guaramirim e Jaraguá, ainda sem licitação. "É algo que traz grande preocupação porque estas obras representarão um gargalo importante no acesso e no escoamento da produção", pontua.

 

De qualquer maneira, entende, a visita de Carlos Moisés à região simboliza um primeiro momento na construção de diálogo que as lideranças esperam ser consistente, até mesmo porque representam a retomada do isolamento institucional que o governo adotou nos últimos meses. "Esperamos seguir adiante e cada vez tenhamos esta abertura, porque isto tem faltado seja junto aos municípios como em relação às próprias associações empresariais. No caso de Jaraguá, e no caso de Joinville, este diálogo tem sido efetivo, trocando experiências e trabalhando junto com o município. Em Jaraguá temos uma construção exemplar, com um comitê coordenado pela Prefeitura que organiza e concentra todos os setores da sociedade para o enfrentamento ao coronavírus. É uma coesão que o próprio governo estadual almeja, buscando mais sinergia, mas vemos que enquanto Jaraguá saiu na frente, o governo tem de correr atrás. Temos muito a compartilhar sobre os resultados obtidos no município e estamos de portas abertas para ampliar estes passos na relação com o governo do estado e com isso podermos agregar maior valor a todas as tratativas para enfrentar o vírus, acima de tudo trazendo mais segurança para o nosso estado".  

 

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